7 Filmes que destruíram a carreira de atores de Hollywood

Lindsay Lohan, Sean Connery e Alicia Silverstone são só alguns exemplos de estrelas que saíram prejudicadas após terem feito as escolhas erradas.

*Matéria originalmente escrita no AdoroCinema por João Vitor Figueira e Caio Garritano.

O mundo do show business pode ser uma verdadeira montanha-russa para um artista em Hollywood. Basta um passo em falso e uma estrela em ascensão - ou mesmo um astro consagrado - pode se tornar apenas uma constrangedora lembrança na memória dos fãs.

Em alguns casos, a carreira pode ser retomada de forma bem sucedida, afinal, Ben Affleck deu a volta por cima depois de verdadeiros naufrágios cinematográficos, como Demolidor - O Homem Sem Medo e Contato de Risco.

A lista a seguir conta com alguns atores e atrizes que tiveram suas carreiras severamente impactadas por conta de um filme em particular. Confira:

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Lindsay Lohan - Eu Sei Quem Me Matou

Em 2007, Lindsay Lohan estrelou o grande fracasso de bilheteria Eu sei Quem Me Matou, com um enredo confuso, péssima atuação e cenas de nudez gratuitas que não agradaram nem um pouco ao público. Os críticos definiram o filme como "horrívelmente impróprio e inepto", "incoerente e semi-vil" e "pretensioso e insano". Inclusive, o longa chegou a bater um recorde na época, como o filme que mais venceu categorias no Framboesa de Ouro.

Acontece que os efeitos gerados após o lançamento desta obra afetaram durante muito tempo a vida da atriz. Ela fez pequenas participações em episódios específicos de algumas séries, como Glee, e também chegou a aparecer em Todo Mundo em Pânico 5. Em 2013, o longa Vale do Pecado tinha até a missão de recuperar a carreira de Lohan, mas ele acabou causando ainda mais polêmicas.

Cuba Gooding Jr. - Cruzeiro das Loucas

Depois do naufrágio de Cruzeiro das Loucas, Cuba Gooding Jr. assumiu que só fez o filme por causa do dinheiro e até brincou dizendo que "seu trabalho é mexer com as emoções das pessoas e foi isso que eu fiz, para mal ou para bem".

Para mostrar que o fundo do poço pode ser ainda mais profundo, o ator atuou nos terríveis Norbit (2007), Acampamento do Papai (2007) e Rede de Intrigas (2009). Entretanto, houve também algumas participações do astro em produções de qualidade, como O Gângster (2007), O Mordomo da Casa Branca (2013) e Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014), mas sempre em papéis modestos.

Halle Berry - Mulher-Gato

Diferentemente do que aconteceu com Chris Evans, Halle Berry não soube escolher um bom projeto na hora de interpretar uma personagem de histórias em quadrinhos pela segunda vez na carreira. Ao trocar a Marvel (X-Men) pela DC, Berry estrelou Mulher-Gato (2004), ganhou US$ 12,5 milhões e atuou no pior filme de sua trajetória nos cinemas (ao lado de Para Maiores e Maré Negra, provavelmente).

Por conta do longa, Berry venceu a Framboesa de Ouro de pior atriz e foi uma das raras personalidades a ir à cerimônia receber a estatueta. "Eu nunca pensei que eu estaria aqui, vencendo uma Framboesa. Não é algo que eu aspirava, mas obrigado. Quando eu era criança, minha mãe me disse que se eu não pudesse ser uma boa perdedora eu nunca seria uma boa vencedora", disse ela em seu discurso.

Sean Connery - A Liga Extraordinária

Após o fracasso de A Liga Extraordinária, Sean Connery, que faleceu em outubro de 2020, anunciou que nunca mais atuaria novamente. Sua aposentadoria foi motivada pelo "excesso de idiotas fazendo filmes em Hollywood", de acordo com suas próprias palavras.

Claro que seria perfeitamente possível que o ator britânico já tivesse planejado pendurar as chuteiras antes do fracasso de seu derradeiro filme, mas não há como negar que as circunstâncias de seu último trabalho podem ter influenciado em sua decisão.

Demi Moore - Striptease

Em 1996, Demi Moore avaliou que entrar para o elenco de Striptease seria a decisão ideal para conseguir alavancar de vez a sua carreira e conquistar o status definitivo de estrela de Hollywood. Contudo, o longa, que conta a história de uma mãe solteira que precisa lutar para recuperar a custódia da filha, não agradou ao público. Para piorar a situação, alguns rumores apontam que ela aceitou um valor bem abaixo do que seria considerado ideal para aparecer de topless nas cenas do filme.

A atriz até conseguiu participar de algumas grandes produções, como por exemplo em 2003, quando participou de As Panteras - Detonando. Apesar disso, ela não conseguiu recuperar aquele mesmo status que tinha conquistado no início da carreira.

Alicia Silverstone - Excesso de Bagagem

Depois de não conseguir repetir o sucesso de As Patricinhas de Beverly Hills no fraco thriller Uma Babá Objeto do Desejo (1995) e no trash Batman & Robin (1997), Alicia Silverstone fundou uma produtora e decidiu realizar a comédia romântica que levaria seu nome de volta ao topo de Hollywood.

Em Excesso de Bagagem, ela interpreta uma rica garota mimada mais uma vez. Na trama, a jovem forja um sequestro de si mesma para chamar a atenção das pessoas ao seu redor. O crítico James Berardinelli chamou o filme de uma obra "frustrante, ordinário e sem ambição".

Desse filme em diante, a atriz atuou em projetos terríveis, como Vítima da Sedução (2005) e Amigas Inseparáveis (2013); além de filmes medianos como De Volta para o Presente (1999).

Mike Myers - O Guru do Amor

Após despontar como comediante no final dos anos 80, no tradicional programa de TV Saturday Night Live, Mike Myers roteirizou e estrelou franquias de comédia cult, como Quanto Mais Idiota Melhor e os filmes da saga Austin Powers.

Anos depois, o ator planejou seu retorno aos cinemas e às suas origens, estrelando um longa roteirizado por ele mesmo. Seguindo o exemplo de Borat, o humorista criou um personagem carregado de estereótipos e encarnou um especialista esotérico em autoajuda em Guru do Amor.

Mesmo com nomes em alta na época, como Jessica Simpson, Justin Timberlake e Jessica Alba no elenco, o filme teve um pífio desempenho nas bilheterias, dando um prejuízo milionário para a Paramount Pictures. Orçado em US$ 62 milhões, a comédia arrecadou apenas US$ 40,9 milhões.

A crítica também não perdoou o humor grosseiro e sem propósito do longa. Um crítico do The New York Times afirmou que o filme é tão "sem graça que faz você se perguntar se irá rir novamente um dia."