House of Cards viveu seu auge, sem dúvida, nas 4 primeiras temporadas, especialmente na 3ª e 4ª , quando Frank Underwood emergiu enlouquecido por vingança e poder a qualquer custo, no fictício e exagerado meio político americano criado por Beau Willimon e pelo protagonista Kevin Spacey. Marcou época, conquistando provavelmente um lugar no panteão dos piores vilões já produzidos nas telas de Tv ou Cinema.
Todos os seus ardis e da esposa Claire, para alcançar o poder, atropelando o que cruzasse seus caminhos, de fato surpreenderam e até assustaram, tamanha a sede de ambos, maquinando qqr ação sem escrúpulo, para chegar aos seus objetivos, como se fossem dois predadores.
Mas na 5ª temporada já houve uma clara perda de criatividade, fôlego e tempo com tramas arrastadas, direções comedidas e cadência de roteiro. Tudo isso faz a história lentamente perder a capacidade de cativar fãs antigos, embora vá atrair fãs novos.
Mas a sensação de novidade se foi e agora o que interessa é saber como os Underwood pagarão por todos os males que cometeram.
Além disso, as reviravoltas cada mais absurdas e inverossímeis praticadas pelos roteiristas para salvar a pele de Frank, começam a soar excessivamente forçadas, deixando no espectador uma sensação de incredulidade, tipo "ah! aí já demais!" . Até há um momento, numa conversa entre Frank e Claire em que ele, cita numericamente e de forma desnecessária, uma por uma, as eleições de 2016, 2020, 2024, 2028 até 2032, projetando manter-se no poder. Será que a Justiça e o o eleitor americano seriam tão imbecis e cegos assim?
Mas pelo jeito Kevin Spacey e o Netflix adoraram a audiência e pelo gancho deixado no final desta temporada, teremos uma continuação da Escola da Maldade de Frank e Claire. Lamentável, pois não há mais nada a ser contado.