Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Um visitante
Crítica da série
4,5
Enviada em 3 de janeiro de 2018
série formidável. o enredo sensacional, elenco muito entrosado e fotografia uma senhora aula de drama e foco político. uma espécie de releitura de ciência política para uma série de TV. de fato kevin Spacey mandou muito. uma grande pena que as acusações de assédio e toda polêmica em torno do caso tiraram sua continuidade. ainda assim, para aqueles que conseguem desvencilhar autor de obra, recomendo!
Excelente série, a primeira desenvolvida pela Netflix, a qual tem um dos melhores serviços de streaming, porém com certeza um dos fatores para tanto sucesso são suas séries originais.
O seriado norte-americano que foi criado por Beau Willimon narra um drama político onde o protagonista vivido por Kevin Spacey, Frank Underwood, promove um grande plano para chegar e se manter no poder dos Estados Unidos da América.
Fica uma pergunta: o poder político e econômico sempre irá corromper o ser humano?
E, para todo mundo que já assistiu essa série, sabe que ela não é sobre mocinhos versus bandidos. Todos são bandidos. A ação quase sempre se passa na Casa Branca! É sobre a máfia estatal, seus capangas, seus dirigentes, seus espiões. Não há lugar para pessoas boazinhas por aqui, já que nossa evolução propriciou justamente o pior dos ambientes para que os piores psicopatas da região dominassem sobre todo o restante de primatas ignorantes e alienados. Francis Underwood cada vez mais se parece com o símbolo da busca incessante por poder, e ele aos poucos se distancia do vilão sem coração que foi pintado em momentos anteriores. Ele é apenas um dos personagens mais honestos da série, sendo divertido, mas repetitivo, acompanhar seus comentários paralelos com seu espectador (nós).
Quando você acha que essa série não tem mais como te surpreender, ela vai lá e te dá um murro na cara. A série é tão bem escrita e elaborada que todos os arcos incluídos tem um propósito bem específico, nada ali é desnecessário, é incrível ver coisas que aconteceram na primeira ou segunda temporada só terem consequências agora de uma forma brilhante. Nem vou elogiar mais ainda os atores porque não acho que existe mais adjetivos que já não tenham sido ditos, mas preciso mencionar a evolução de todos os personagens nessa série, a forma como Frank e Claire se transformaram (ou deixaram as máscaras finalmente cair) é assustadora. Aquela cena final me arrepiou até a espinha. De longe foi a melhor coisa que a Netflix já fez até agora.
Até a sua segunda temporada, House of Cards se beneficiava dos movimentos estratégicos de Frank Underwood (Kevin Spacey) para chegar ao topo e assim mover a história. Agora que ele ocupa o cargo máximo da nação mais poderosa do mundo sobra pouco espaço para subir, mas um longo caminho para descer. A recuperação de Doug Stamper (Michael Kelly) e sua genialidade resumida em pouquíssimos movimentos faz reflexo com a fraqueza de Underwood em um cargo público, como tão bem define as incessantes entrevistas com a imprensa e os ataques dos jornalistas, que parecem ter surgido de um panfleto comunista. Eles agora são poeticamente patrióticos. Faz até enganar por alguns momentos que há pessoas bem-intencionadas em torno desse lamaçal que ironicamente se chama Casa Branca.
Já sabemos que Frank Underwood (Kevin Spacey) é capaz de literalmente tudo por mais poder. Se isso não fica claro no desfecho trágico do final da primeira temporada, com certeza o início da segunda não deixará a menor dúvida da mente doentia e obstinada do agora vice-presidente.
Criando uma metáfora extremamente eficiente entre uma batalha da guerra civil americana e a obsessão de Underwook pela presidência, os símbolos e os desfechos cada vez mais irônicos dos personagens secundários povoam o imaginário do espectador de maneira sutil, mas permanente. Já não é mais possível pensar claramente a respeito da estratégia do nosso anti-herói sem se deixar ofuscar pelo rastro de ressentimento, ódio e mágoas deixados pelo caminho. Porém, a ironia da série está justament em apontar, ainda que sutilmente, que todas aquelas pessoas envolvidas, em maior ou menor grau, estão tão obcecadas pelo jogo de poder quanto o personagem de Kevin Spacey. Se da primeira vez havia um herói por quem torcer (Peter Russo), agora ambos os lados do tabuleiro são culpados (ainda que possamos fazer uma curiosa comparação entre Russo e o desfecho trágico de outro personagem).
A temporada 4 de House of Cards é o que esperaria ver de um Francis Underwood presidente, algo que foi adiado pela pálida temporada anterior, que ainda que tenha seus momentos gloriosos, falha em sua premissa principal: causar tensão no dia-a-dia presidencial. E essa tensão está amplamente disponível agora, se espalhando por todas as vias políticas. Obviamente ela afeta sempre indiretamente Frank, mas a série se inicia com Lucas Goodwin na prisão (Sebastian Arcelus), que assim como Doug Stamper (Michael Kelly) terá uma curva trágica que desencadeará a trama principal.
Quanto mais penso que House of Cards não teria porque figurar entre as melhores séries que já vi (até o momento), pois “não tem nada de mais”, mais fico convencido que tem. A despeito das demonstrações de poder e ambição de Francis Underwood (o personagem de Kevin Spacey) que divertem o público em geral, as entrelinhas que sutilmente se formam entre os personagens sobriamente idealizados por Beau Willimon cujo livro “Farragut North” foi brilhantemente adaptado por George Clooney em Tudo pelo Poder ajudam a construir na série um clima tão realista que torna-se assustador imaginar que aqueles acontecimentos podem de fato ter ocorrido ou estar ocorrendo com outros nomes em outros lugares, mas que mantém a mesma premissa narrativa de depender do poder emanado pelo Estado para que as marionetes dancem em torno do palco que se forma.
Se você gosta de séries e ainda não conferiu House of Cards, é melhor você assistir o episódio piloto imediatamente e ficar viciado em mais uma série, elenco excelente, roteiro excelente, evolução excelente, até a sociopatia de Frank Underwood pode-se dizer que é excelente, e você agora me perguntaria oque tem demais nisso, apenas assista e formule suas ideias, pois House Of Cards não é somente uma série, é simplesmente uma das melhores séries da atualidade e porque não dizer de todos os tempos.
Ótima série, a interação que o personagem principal (Frank) faz com o expectador é um diferencial, que eu particularmente gosto demais. As histórias que são corridas ao longo da temporada e não em um só episódio prende mais quem assisti, os diálogos inteligentes e ricos, não curto muito política mas essa série me fez perceber o quão importante é saber sobre esse assunto. Recomendo!
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade