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    Por Amor
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    Novo Danilo
    Novo Danilo

    5 seguidores 38 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 1 de fevereiro de 2021
    "Por Amor" é uma daquelas novelas que a Globo nunca irá fazer mais! Não tem esquerdismo e é repleto de cenas politicamentes incorretas. Os diálogos de Manoel Carlos são tão perfeitos que eu me esqueci que estava vendo novela
    As atuações são primorosas o único que é péssimo é o eterno "cigano Igor" mais a direção e o roteiro impedem o estrago
    Thiago Eprn
    Thiago Eprn

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    4,5
    Enviada em 24 de junho de 2021
    Novela muito massa! Manoel Carlos estava inspirado nessa época, pois o texto é primoroso. E as atuações são excelentes (com exceção de poucos atores). A novela tem várias cenas antológicas. Talvez tenha sido a melhor novela que já vi.
    Marcelo 0
    Marcelo 0

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 21 de junho de 2024
    Os anos 90, nunca foram tão elegantes quando em “Por Amor” ao escutar os diálogos de Manoel Carlos, me sinto como se estivesse ouvindo uma orquestra sinfônica: cada diálogo cuidadosamente construído para ressoar com autenticidade. Se você espera ação ao nível de um marido traficante do morro que morre e uma esposa que toma seu lugar, cheio de sexo, drogas, pessoas sendo enterradas vivas, e violência o tempo todo, esta novela não é para você. Aqui o realismo da narrativa é o que a diferencia, temos pessoas comuns do dia a dia, com quem convivemos.

    Quem não conhece uma Branca Letícia (Susana Vieira) preconceituosa, manipuladora, cínica e falsa, ela esconde tudo por trás de um sorriso e de um charme encantador, que faz até o espectador duvidar de sua maldade em certas cenas. A protagonista é Helena Viana (Regina Duarte), que parece ser a atriz preferida do autor, já que interpretou mais duas Helenas em outras novelas. Não há como questionar: ela faz um trabalho belíssimo, sendo uma mulher linda de alma e aparência, que conquistou sua casa e trabalho, criando sua filha sozinha, acolhendo e ajudando todos à sua volta sem esperar nada em troca. Mas não pense que ela é um ser perfeito: Helena tem defeitos, incluindo amar demais sua filha Eduarda (Gabriela Duarte, sua filha na vida real também), algo que ela admite e que gera o trama principal da novela.

    No começo, Eduarda é uma menina muito mimada, insegura, arrogante e maldosa até com sua meia-irmã Sandrinha (Cecíllia Dassi) filha do seu pai Orestes (Paulo José). Ela tem ódio de questões mal resolvidas no passado com o pai e se sente constantemente pressionada a ter um filho, que não pode ser de forma alguma menina, para segurar seu casamento com Marcelo (Fábio Assunção), filho de Branca. Marcelo é um homem machista, possessivo, emotivo e ciumento, pressionado por sua mãe, que manipula todos à sua volta para que façam o que ela quer. É lindo ver a evolução de Eduarda e Marcelo, a forma como Sandrinha alegra o coração de Eduarda nos seus dias tristes como um anjo iluminado, puro e inocente, fazendo-a abrir um sorriso. Sandrinha também reaproxima Orestes de Eduarda, algo que parecia impossível.

    A novela é cheia de histórias românticas e aborda preconceito, traição, racismo, injustiças, tudo fluindo de forma muito natural, nada é forçado. Não senti essa monotonia que alguns mencionam; senti angústia, ódio, raiva e discordei de atitudes de certos personagens. A novela não é perfeita, é imperfeita, assim como as pessoas no cotidiano: uma mulher que volta com o marido agressor, uma madame que se safa de cometer crimes, um marido que trai sua esposa e esconde, colocando a culpa nela quando é descoberto, isso de forma a provocar reflexão e empatia no público. Tudo isso com personagens que sabem atuar e estão lá por talento, especialmente as mulheres: a inesquecível e chique Branca Letícia de Barros Motta, a impecável Helena que dispensa elogios, a talentosa Sandrinha (uma criança que dá um show) e Eduarda, que no começo foi criticada, mas à medida que a novela se desenvolvia, foi crescendo nos telespectadores e se tornou uma das melhores personagens e por ser filha da Helena na vida real, deu um toque a mais na relação entre as duas personagens que expressam seu amor de mãe e filha de uma forma única. E não podemos esquecer tudo isso com a trilha sonora de bossa nova, ambientação no Leblon, com corridas e passeios no calçadão da praia e mansões lindas na barra da Tijuca, charme comum das novelas de Manoel Carlos, eu como telespectador esqueço da minha vida e chego a sentir vontade de viver essa realidade.

    "Por Amor" é uma novela que não busca ser extravagante ou sensacionalista. Em vez disso, ela se concentra nas emoções e dilemas reais das pessoas comuns, fazendo com que o público se veja refletido nas histórias apresentadas. É essa autenticidade que a torna um clássico atemporal, deixando os espectadores com um desejo de mais, mesmo após o final.
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