OBS: Crítica apenas da 1º metade da Temporada.
A temporada se inicia com seu primeiro episódio morno, num clima de calmaria – diferente de algumas premières que já vimos costumeiramente. É um episódio tranquilo, que estabelece a relação entre os personagens, e isso funcionou bem, por conta de um roteiro fluído – mas errático – ao que se refere ao satélite russo, que, até agora, não foi muito bem explorado e outros erros técnicos (como o servo). Enquanto este serviu pra mostrar a união entre os sobreviventes, no 2º episódio, vemos o passado dos vilões sendo explorado e a relação brutal entre Alpha e Beta – apesar de não muito chamativa, mas que contamos com uma boa atuação do Ryan Hurst e da Samantha Morthon. É um episódio filler – mas bom, com um roteiro minimamente interessante. Já o 3º é pouco cauteloso em certos aspectos, apesar de alguns erros, este serve pra estabelecer a paranoia dos Sussurradores com para os sobreviventes, ao mesmo tempo que começa a dar bom destaque a alguns personagens, como Carol, Negan - que tem uma interação com Aaron - de fato interessante, e alguns diálogos bem bacanas e um roteiro mediano. Porém, no 4º episódio, a série começa a apresentar erros trágicos, ’’Silence The Whisperers’’ é menos ‘’manejado’’ que os anteriores. O roteiro é falho e problemático, alguns núcleos são mal executados e outras tramas resolvidas rapidamente. Mas ainda, sim, não é um ep ruim - mas fraco, tendo poucos pontos positivos, como a presença do Negan e sua bacana relação com Lydia, e um indício de bom desenvolvimento para o Daryl.
Os episódios seguintes intitulados ‘’What It Always Is’’ e ‘’Bonds – o 5º e 6º, são problemáticos pela razão de algumas tramas serem desinteressantes, entretanto, possuem uma narrativa avançada, e a série, apropriadamente, começa a dar destaque a outros personagens, como o Eugene – que tem um papel bem importante devido a próxima comunidade a ser apresentada: Commonwealth. Negan – um dos personagens não muito bem trabalhados ao longo das temporadas anteriores, também tem sua devida atenção. É onde, de fato, que vemos ainda mais, um personagem satisfatório, que outrora. Vimos ele tendo uma dinâmica bem construída com Beta e seu envolvimento com os Sussurradores, que foi um dos grandes destaques dessa parte e, com isso, indicando que era a partir desse momento que a série, realmente, iria voltar a ficar interessante. Mas, The Walking Dead, por outras ocasiões, vai ao oposto, ''Open Your Eyes'' - o 7º episódio, é totalmente desconexo ao que mostrado no final do episódio anterior com o instigante gancho do Negan. Resumidamente, o episódio foca em outras tramas paralelas (FILLERS) e no desfecho do Arco do Siddiq. Acontece que a narrativa aqui é falha e previsível, e o desfecho dado ao Siddiq foi decepcionante, nem, ao menos, conseguindo ser empolgante.
A midseason finale que encerra a primeira metade é vergonhosa e que não consegue compensar totalmente. ‘’The World Before’’, Apesar do destaque muito bem dado ao Padre Gabriel – que mostrou uma grande transformação, possui um roteiro preguiçoso e incoerente, os acontecimentos aqui não são nada empolgantes. A forma de como explicaram o Dante se infiltrando em Alexandria, foi um tapa na cara e não o suficiente pra o personagem ''surgir de paraquedas''. O núcleo referente ao novo personagem Virgil é questionável, no que se trata de Michonne ir em busca de armas (ou, também, provavelmente, ocasionar em sua despedida?) para destruir os Sussurradores. Se isso acontecer, será, ridiculamente, uma execução ‘’Deus ex-machina’’.
O roteiro, aliás, não valoriza alguns personagens – isso que eu digo é a rasteira dada aos espectadores quando Carol, Daryl, e o restante que estavam presentes acabam caindo numa caverna. Esse gancho foi ridículo e para a experiência dos personagens que estavam ali foi inacreditável, não teve lógica, e pude até chamar de os ‘’trapalhões no Apocalipse’’. Negan, novamente, sequer dá as caras, o que se não fosse essas tramas arrastadas, ele PODERIA muito bem ter matado Alpha nesse episódio, entregando assim um bom gancho pro próximo, mas não, os produtores querem enrolar até o LIMITE do aceitável e isso já não é de hoje...
Enfim, essa primeira metade não foi das piores, mas também não foi boa, que apesar de um início morno e se redimir em alguns episódios importantes, e devido a essas quebras de ritmo, essa vai pra mim, de boa pra fraca.
Resta saber se na segunda metade, a série, dificilmente, entregará algo mais consistente com o tão esperado (pra mim nem tanto assim) e iminente embate contra os Sussurradores, ou, quem sabe, optar por ir nas tramas fillers incansáveis pra depois finalmente a situação andar... mas afinal, colocar expectativas em The Walking Dead não é uma boa tentativa.