Recentemente na Netflix, o lançamento: Parasyte: The Grey, atingiu o top um de séries mais Assistidas mundialmente. A série, baseada no mangá, Parasyte, de Hitoshi Iwaaki, expande o mundo de Parasyte ao apresentar uma nova história. A protagonista, Jeong Su-in, é uma caixa de um mercadinho local, e depois de tanto sofrer na infância, hoje leva uma vida pacata em uma cidadezinha da Coreia Do Sul.
Acontece que um certo dia, um cliente fica bravo com a funcionária, e ele acaba seguindo ela e tentando mata-la, e é aí que o tal parásita infecta a garota.
O primeiro episódio apresenta uma história uniforme, com um enredo retilíneo e uma direção excepcional de Yeon Sang-Hi, apresentando cenas de ação extremamente bem feitas e sequências muito bem estruturadas, o problema dessa série e que ela nunca realmente sai do lugar. Assim que a primeira metade da série acaba, vem um sentimento de que o enredo e os personagens ainda estão em fase de apresentação, o que era pra ter acontecido logo no primeiro episódio.
Além disso, os protagonistas da série, Jeong Su-in e Seol Kang-woo, são apresentados mas são extremamente mal aprofundados. A protagonista feminina da série me deixou um sentimento estranho, como se ela fosse um personagem secundário. Ela tem poucas falas, e quando ela fala, não agrega em nada. O roteiro peca extremamente na questão dos personagens. A atriz da protagonista feminina (Jeong Soo-ne) não ajuda nessa questão, sempre fazendo uma cara de sofrida, ou cara de confusa, tirando totalmente a personalidade da personagem.
O roteiro tenta trazer um ar de inovação e subversão de papéis por meio da história da personagem Choi Joon-kyung, que, mais desenvolvida que a própria protagonista, tem um passado triste, onde o marido acabou sendo infectado pelo parasita, e hoje tem uma personalidade forte e irreverente, mas falha miserávelmente, conseguindo trazer somente confusão para a linha do tempo e demonstrando incapacidade dos roteiristas de escrever cenas que fazem sentido.
Apesar dos incontestáveis erros, e da falta de um bom CGI, a série consegue criar cenas tensas e consegue manter a atenção do espectador de uma maneira satisfatória, trazendo um final muito bem costurado e deixando um gancho para uma próxima temporada.