Idris Elba atinge o auge de sua performance nesta série, que não se destaca pela exuberância, mas aliada ao seu carisma, uma característica que o tornou proeminente, convence em grande parte da narrativa. A premissa inicial da série pode parecer simplista, envolvendo apenas o sequestro de um avião com a expectativa de Elba salvar todos a bordo. No entanto, a trama vai além disso.
O enredo não consegue desenvolver de forma satisfatória o personagem de Elba, e muito menos os coadjuvantes; no entanto, consegue instigar um senso de urgência ao revelar os motivos por trás do sequestro. Lançada semanalmente e mantendo-se como uma série desconhecida, cada episódio termina em um turbilhão emocional, deixando sempre um gancho para o próximo.
A série vacila em sua conclusão, perdendo o ritmo anteriormente estabelecido. Os roteiristas tentaram introduzir um grande revés quando o enredo parecia acalmar, acrescentando um novo obstáculo para aumentar a tensão, mas essa estratégia, confesso, não me conquistou.
No ato derradeiro, buscaram apresentar um confronto clássico entre o "herói e o vilão", algo que não ocorreu durante toda a série, adicionando-o apenas para um desfecho grandioso, porém, acabou por tornar-se maçante e destituído de sentido.