Os Doramas revolucionaram a maneira de fazer séries, nada de longas e sucessivas temporadas, em 8 ou no máximo 16 episódios, em sua maioria, toda a trama se resolve, nada de deixar pontas soltas ou arcos mal resolvidos ou sem conclusão. "Quem é Erin Carter?", ao que parece, foi escrita para ter duas temporadas de 12 capitulos cada uma, pelo menos. Porém a impressão que fica é que os produtores resolveram fazer tudo no estilo "dorama", porém sem dominar a técnica coreana, resolvendo tudo em 7 episódios. Com isso, ao invés de personagens bem trabalhados, sequências bem elaboradas e arcos bem desenvolvidos, todo o roteiro se apresenta de forma comprimida e amontoada, Um dos muitos pontos ruins do desenvolvimento da trama, dentre muitos, está o vácuo de 5 anos da saída sortuna de Erin de Londres e em seguida ela já aparece casada, morando em Barcelona, em um condomínio de alto padrão, sem que haja uma única referência de como ela viveu no período e como conseguiu o padrão financeiro que agora ostenta. Para piorar, Erin e marido tem ocupações que não condizem com o padrão de vida em que vivem, ela professora substituta de escola de alunos ricos e ele, o marido, apenas um enfermeiro de nível médio, ao que parece. Curioso é que a melhor amiga de Erin, no trabalho, quando das sequências em sua residência, aparece um ambiente compatível com sua função, secretaria da escola, e renda. Resta, então, a trama explicar (ou responder) "quem é Erin Carter?", essa dúvida ou suspense é logo respondida no quarto episódio, aliás, o melhorar da série. O três episódios seguintes deixa a sensação de que seria o roteiro para a segunda temporada, mas a pressa ou a necessidade de compilar tudo, fez com que um bom material fosse perdido. As cenas de ação, mal realizadas, na maioria das vezes, não conseguem esconder o uso de dublês e grande utilização de clichês manjadissimos. Se "Quem é Erin Carter?" tivesse sido realizada em 12 episódios, pelo menos, com a resposta a pergunta que é título da série sendo revelada no episódio final, quem sabe não teríamos uma série que poderia indicar um novo rumo para personagens femininos de ação?, sto é, a mulher comum que esconde um passado, mas que, quando provocada, coloca para fora sua outra face, violenta e disposta a tudo. Tinham bom material, pena que disperdiçaram. Uma pena!