Refazer Pantanal já era um sonho da Globo há um tempo. A novela original foi exibida pela Rede Manchete e foi criada e escrita por Benedito Ruy Barbosa, que desenvolve a história para explorar as belezas do lugar que deu nome a novela. A teledramaturgia teve vários sucessos e Pantanal foi um deles. Depois de muito planejar, a Globo decidiu se aliar ao neto de Benedito, Bruno Luperi, que escreveu a novela, sempre supervisionado pelo avô. A proposta parecia ser ousada porque, abordar a misticidade do material original, revistar esse cenário e trazer de volta as famosas figuras de Juma Marruá, Velho do Rio e José Leôncio, era uma missão bastante difícil. Eu preciso admitir que Bruno Luperi conseguiu. Ele abordou a misticidade do material original maravilhosamente bem e isso é um feito e tanto. Alanis Guillen como Juma Marruá só intensifica o seu talento, mesmo estando na sua segunda novela. Marcos Palmeira está ótimo como José Leôncio e estabelece o seu cargo de ator de forma esplêndida. Mesmo com passagens rápidas pela trama, Juliana Paes e Enrique Diaz também dão um show á parte, além de Osmar Prado e Irandhir Santos, que sempre são ótimos atores em qualquer trabalho que fazem. Murilo Benício está hilário, mesmo interpretando um personagem maldoso e preconceituoso. Isabel Teixeira é uma grande surpresa, além de Júlia Dalavia, Camila Morgado, Selma Egrei, Dira Paes, Karine Teles e Jesuíta Barbosa. Nas cenas do passado, Renato Góes e Bruna Linzmeyer fazem uma dupla ótima, além de Leopoldo Pacheco e Malu Rodrigues.