A série “Elize Matsunaga: Once Upon a Crime" no Netflix foi lançada em 8 de julho de 2021, é uma série de só uma temporada de quatro episódios, que foi gravada no Brasil. Esta seria trata a historia do assassinato que aconteceu no 2012 mas se grava anos depois, usando as gravações antigas dos reportagens, video do julgamento, e entrevistas atuais feitas pelas pessoas da defesa, preosecução, reporteiros, doctores. O documentário foi dirigido pela diretora Eliza Capai. Os personagens centrais da série são: Elize Matsunaga, a esposa dela, Marcos, no tempo em que foi assassinado.
Em 19 de maio de 2012, Elize Araújo Kitano Matsunaga matou seu marido com um tiro na cabeça. No dia seguinte ela é gravada na câmera do elevador do seu apartamento com três malas, quando regressa ao apartamento já não tem mais nada. Ela esquartejou seu marido e tirou as partes do seu corpo na mata a 20 milhas do seu apartamento em São Paulo. Uma semana depois ela foi presa e confessou ao assasinato do seu marido.
O documentário segue os acontecimentos depois do crime e após, até o dia em que Elize faz parte da entrevista durante sua liberação temporária. Na época o crime foi uma grande bagunça porque o Marcos era o herdeiro do Yoki, uma marca de comida muito popular. Porém, ele e sua família eram muito ricos. A defesa argumentou um crime de paixão, que não foi premeditado, o qual diminui a sentença. A prossecução argumentou que foi o contrário.
A série foi interessante já que eu não tinha ouvido do caso, porque a maioria dos documentários que eu assistia estão em inglês ou espanhol. Eu gosto de reconstruir o caso durante os documentários e porque o crime foi cometido, ou se foi cometido. No caso desta série gostei de conhecer os procedimentos do sistema jurídico do Brasil, e ouvir as opiniões dos médicos, advogados, e policia. E claro, conhecer os detalhes do crime desde as duas perspectivas. Este documentário em particular é diferente que outros que eu assisti porque é muito inusual que o perpetuador conte o que aconteceu. Então, para mim foi muito interessante que a pessoa que fiz o crime, conte com suas palavras a situação.
Mas a coisa que eu achei estranha e um pouco chata da série foi que todo mundo teve uma opinião sobre o caso, e todos estavam certos que o seu argumento era a verdadeira história dos acontecimentos. Mas em particular, a falta de objetividade que eu percebi até pelos investigadores envolvidos no caso foi irritante. Especialmente porque não se apoiam nos fatos do caso e fazem suas próprias teorias do que estava acontecendo no casal e o que causou o crime sem ter o apoio de psicólogos, ou assim. Foi claro para mim a dramatização nas costas das vivências da perpetuadora e da vítima.
Recomendaria a série que quiseram saber os detalhes do caso se os tópicos fortes do crime não te causam estresse. Mantendo que a série não é para muitos eu recomendaria pelas pessoas que não conhecem muito sobre o procedimento jurídico brasileiro, ou não conhecem a sociedade e cultura porque tudo isso se pode ver (especialmente) nos crimes. Especialmente, como alguém que fala o portuguese e tem interesse no Brasil (como estrangeira) achou importante explorar diferentes partes da sociedade, até as mais obscuras. Mas é preciso ter em mente que os documentários devem-se tomar com cautela, porque muitas das vezes procuram o drama. E claro, não se podem fazer generalizações sobre a sociedade e sistema jurídico de todo o Brasil, baseado neste caso. Mas é bom conhecê-lo e os acontecimentos.