Após um intervalo de dois anos, a série retorna para sua terceira e última temporada, prometendo finalmente revelar o Ragnarok tão aguardado desde o início e encerrar a trama em alto nível. Infelizmente, o desfecho não consegue estar à altura do que as três temporadas anteriores prometeram. Parece que os roteiristas recearam o desfecho e o concluíram de forma apressada, em apenas 20 minutos, desapontando os espectadores com a batalha mais aguardada. Ragnarok falhou e sabotou a si mesmo, ao prometer um desfecho grandioso e entregar um desfecho preguiçoso.
A terceira temporada não é fraca, exceto pelo último episódio. Comparando-a com as temporadas anteriores, esta temporada adotou um tom mais sombrio e sério, com menos humor e desenvolvimento de personagens e relações. Embora seja esperado para o desfecho de uma série, sente-se a falta desses momentos de alívio cômico, dada a constante urgência presente nos episódios. Em alguns momentos, chega-se a questionar se ainda se trata da mesma série de anos atrás, o que pode causar estranheza no início, porém, logo se adapta ao novo estilo da trama. Contudo, aquele desfecho...
Ainda assim, recomendaria a série para quem deseja assisti-la. Com uma premissa envolvente e uma abordagem inteligente da mitologia nórdica adaptada para os tempos atuais, a série conquista pela atmosfera cativante e gélida da Noruega, bem como pelo sucesso incomum de produções norueguesas. O elenco contribui para esse carisma, destacando-se a dinâmica entre os irmãos Thor e Loki, e a família de gigantes que, mesmo como antagonistas, roubam a cena. Uma série de qualidade, com uma temática interessante, porém prejudicada por um final decepcionante.