Uma minissérie totalmente necessária. Para quem ainda não assistiu, vai doer assisti-la, mas, talvez, só assim, escancarando tudo o que estes cinco garotos passaram, injustamente, o sistema mude. Algumas coisas já começaram, a promotora que os mandou para a prisão, agora, com o lançamento da minissérie, foi hostilizada nas redes sociais, se demitiu de um emprego e foi demitida de uma editora. E isto não é nem a sombra do que ela merece e espero que pague. Mas, voltando a minissérie, ela é dividida em quatro capítulos que narram passo a passo de um caso em que a incompetência de um dos sistemas prisionais que é invejado por muitos países e o racismo, se uniram para fazer injustiça e mudar de uma forma irreparável a vida de cinco jovens INOCENTES. Para mim, o quatro capítulo é o mais impactante e o ator responsável por protagonizá-lo, Jharrel Jerome, na pele de Korey Wise, merece aplausos por sua magnífica atuação. Todos os cinco garotos sofreram, mas, o Korey e o Raymond Santana, um pouco mais e a falta de uma mãe ajudou a aumentar o nível da dor. A de um era falecida e a do outro, totalmente ausente. Ir para a cadeia quando se comete um crime já é difícil, imagine quando se é inocente e criança?! Enfrentar toda a truculência, coerção e perjúrio antes, durante e após a condenação, sozinho, é desolador. Por mais que as acusações recaíram contra todos, seria um pouquinho mais fácil suportar e influenciaria muito no futuro, se os dois mencionados tivessem uma mãe como a do Yusef (principalmente o Korey), que foi tão presente, tão eloquente e muitas vezes, vista como egoísta pelos familiares dos outros jovens, por defender seu filho como se ele fosse o único inocente, mas não, ela apenas foi a mãe que todo filho espera e merece em um momento assim! Eu poderia escrever muito mais sobre esta minissérie, mas ainda seria quase nada, pois é uma obra que precisa ser vista para que te toque, te faça refletir e sentir sensações que nem imaginava que poderiam ser despertadas. Muitas vezes parecerá um pesadelo, mas, pior ainda, é, ao seu término, lembrar que tudo isto aconteceu e ainda pode estar acontecendo em algum canto do mundo. Mas como disse no início, é necessário, pois de uma forma ou de outra, não só o sistema penitenciário, mas o mundo como um todo precisa acordar deste coma induzido.