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Ricardo L.
60.045 seguidores
2.818 críticas
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3,5
Enviada em 21 de janeiro de 2021
A nostalgia nessa temporada é excepcional, trazendo personagens que fizeram dessa saga uma febre mundial, já o restante, como o elenco juvenil e as cenas de luta continuam triste.
A terceira temporada de Cobra Kai iniciou o ano de séries na Netflix, agradando muito seus fãs com um roteiro simples e muitas vezes até previsível, mas com personagens com os quais criamos uma forte ligação, que nos importamos e queremos saber sempre mais sobre sua história.
A série criada por Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald, é estrelada por Ralph Macchio (Daniel San) e William Zabka (Johnny Lawrence) ganhou sua terceira temporada no primeiro dia de 2021 e finalmente pudemos ver o que aconteceu com Miguel Diaz (Xolo Maridueña) e os garotos do colégio após a grande briga, e claro, como Johnny Lawrence está superando mais uma dificuldade em sua vida e Daniel LaRusso revisitando locais de seu passado para buscar uma ligação com seu mentor.
Um dos pontos altos da série é a relação entre Miguel e seu sensei Jhonny Lawrence, que é sempre engraçada e paternal, a dupla é incrivelmente carismática fazendo com que o expectador se importe com cada momento dos dois. Além de mostrar que pode dar destaque tanto para os personagens antigos como desenvolver os arcos da nova geração apresentada.
Cobra Kai soube brincar com algumas teorias dos fãs, como Ali ser a médica que iria tratar Miguel ou de ser a mãe de Tory Nichols, além de fazer muitas referências aos três primeiros filmes da saga, o que trouxe toda a nostalgia que os fãs da série já esperam.
O quarto episodio (The Right Path) é sem duvida o mais profundo da temporada, com uma bela homenagem ao legado de Sr. Miyagi com a apresentação de uma carta que encerra seu arco com Daniel. O episódio conta com a importante participação de Kumiko e também um dos rivais mais sanguinários de Daniel, Chozen Toguchi.
Mas como nem tudo agrada, o episódio com Ali (com i) foi decepcionante e a participação de Elisabeth Shue foi chata e dispensável. Fez parecer que a personagem apareceu somente para que os fãs parassem de pedir o seu retorno. O fato de tentar dar uma explicação para a loucura de John Kreese também decepcionou ao diminuir um pouco a vilania do personagem que estava muito bem colocada até esse momento.
Cobra Kai agrada no geral e se torna uma das séries mais divertidas da Netflix, conseguindo moderar o drama com a comédia, tudo dentro de uma trama simples e agradável.
Cobra Kai é uma das séries mais boas para assistir em um tempo livre, por ser de fácil compreensão sem muitos planos diferenciados, apenas segue uma linha comum, mas com uma imagem bonita e renovada para hoje em dia, embora não devo achar que essa temporada foi tão boa assim, por excesso de brigas que a cada episódio tinha o grupo A x Grupo B brigando e causando uma guerra infinita, que mesmo após o incidente continuava a acontecer, é muito usado a cor bege de um padrão Netflix que quer agradar um grande público, então até entendo embora há também tons pastéis e verde.
Saindo de brigas, spoiler: tem momentos de reencontro de Johnny com uma velha amiga, mostrando que certos laços seguem intactos mesmo apesar dos anos passarem , também há a história do passado de John Kreese: que serviu na guerra e que perdeu muitos amigosspoiler: , e muito de sua atitude sem nenhuma pena vem disso, como seu modo de trabalhar no Cobra Kai que já o torna seu deixando Johnny de escanteio.
Uma musica: Journey - Open Arms, no encontro de Johnny com Ali, foi bom trazer um pouco dos anos 80 para a série, além de que não há nada mais oitentista do que Cobra Kai, porém vejo que poderiam ter sido um pouco mais esforçados nessa temporada, o que parece aqui foi monótono e quase igual as outras temporadas, só com pequenas mudanças como spoiler: amores do passado e o Miguel que se machucou, mas de resto é simplista e feito para um público mais jovem que não vê falta inovações, só quer ver tudo em loop novamente.
Essa serie me surpreendeu, começando pela trilha sonora nostálgica, a forma como a historia da serie se encaixou nos filmes ficou perfeita, as cenas de luta nao ficaram no nivel de undisputed mas mesmo assim ficaram boas. Nao sei se foi estrategia da produçao, mas tambem achei legal o fato da serie ter episodios com menos tempo do que a maioria das series tem que sao por volta de 45 min, com isso a produçao usou o tempo curto para focar apenas em temas chaves para o desenrolar da historia sem encheçao de linguiça.
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