Minissérie escrita por David Hare (autor do roteiro do filme As Horas, dirigido por Stephen Daldry) e dirigida por S.J. Clarkson, Collateral tem como ponto principal um assunto que é uma questão crônica vivenciada, atualmente, pela Europa: a imigração ilegal. A trama está centrada na investigação do assassinato de um entregador de pizza chamado Abdullah Asif (Sam Otto) que é mais um imigrante sírio a chegar na Inglaterra após fugir da guerra em seu país.
Abdullah, foi, literalmente, encaminhado à morte, durante o desempenho de seu ofício como entregador de pizza. A investigação do seu assassinato acontece no decorrer de 4 dias, os quais são retratados nos quatro episódios de Collateral. No comando das buscas pelo assassino, está Kip Glaspie (Carey Mulligan), em seu primeiro caso após ser promovida à investigadora.
O que Kip vai descobrindo, durante a investigação, é que uma aparente execução, na realidade, esconde uma série de segredos que vão sendo descobertos na medida em que a trama se desenrola e que envolvem o tráfico de drogas, a sexualidade, a política, a imigração ilegal, o assédio moral – e sexual – e o militarismo.
Em que pese o fato de que algumas subtramas parecem estar sendo abordadas somente para encher lingüiça enquanto aguardamos a resolução do crime, a verdade é que Collateral tem uma história que prende a atenção da plateia. Além disso, Carey Mulligan defende muito bem a sua personagem. Por trás da fragilidade de Kip Glaspie, na verdade, existe uma investigadora com um faro – e um instinto – bem apurados e que estará sempre à frente dos seus colegas.