A quarta parte de La Casa de Papel, série criada por Álex Pina, dá continuidade à trama que acompanhamos na terceira parte, quando o plano do Professor (Álvaro Morte) e dos seus pupilos Tókio (Úrsula Corberó), Nairobi (Alba Flores), Rio (Miguel Herrán), Denver (Jaime Lorente), Helsinki (Darko Peric), Estocolmo (Esther Acebo) e Lisboa (Itzier Ituño) de roubar e sair ilesos do Banco da Espanha é colocado em prática.
A série retoma a narrativa a partir do cliffhanger (recurso narrativo em que o final é deixado em aberto, como se fosse um gancho para a continuação da história) em que a terceira parte foi finalizada. Assim, a quarta parte aborda, principalmente, a desestabilização do plano do Professor, dentro e fora do Banco da Espanha, muito em parte por causa da perda do controle emocional de todos os envolvidos.
Vou soar repetitiva, mas a quarta parte de La Casa de Papel se apoia em todos os elementos que fizeram desta série um grande sucesso: a alternância entre os flashbacks (que nos mostram um pouco mais sobre cada personagem e sobre o planejamento do assalto) e o momento presente da trama e a edição ágil e que contribui para o clima de mistério e suspense que são permanentes em uma trama como essa.
Apesar disso, nesta quarta parte, La Casa de Papel começa a dar alguns sinais de cansaço. Após assistirmos aos oito episódios e chegarmos ao cliffhanger que finaliza a quarta parte, ficamos com a sensação de que a trama pouco avançou – os melhores momentos, aliás, vêm dos antagonistas dos ladrões, representados pelo chefe de vigilância do Banco da Espanha (José Manuel Poga) e da inspetora Alicia Sierra (Najwa Nimri). Parece que os produtores estão estendendo ao máximo que podem essa “temporada”, de forma a esgotarem esse formato de vez. O caminho não é esse!