A série que chegou para tragar o coração da nossa geração, com seu emocionalíssimo barato, manipulação descarada jargões repetitivos e o constante esforço de emplacar pautas políticas que até teriam valor, se não fossem jogadas no lixo por conta da narrativa indubitavelmente FORÇADA! Sim estamos falando do fenômeno LA CASA DE PAPEL, serie essa que teria o seu fim na primeira temporada se a querida plataforma vermelhinha não a tivesse salvo.
É claro que devemos nos lembrar que a Netflix é muito esperta e certamente ganhou muito com isso, dado que tudo que essa serie oferece aquece o coração da nossa juventude revolucionária amante dos bandidos do bem! Mas vamos lá, por que eu não a amei como quase todos? Mas antes, a detestei sendo que em grande medida me vi obrigada a terminar a série para ter propriedade em critica-la, sim OBRIGADA, o que já denota que não tive prazer em acompanhar sua "linda" história.
De modo bem simples ela retrata o plano mirabolante de um homem supostamente inteligente que se denomina "professor" ele monta um grupo de super assaltantes e criminosos com habilidades especificas, ou pelo menos em teoria, estes escolhidos a dedo, para realizar o maior assalto da história, o roubo da casa da moeda da Espanha. Tudo minimamente arquitetado, e os personagens assim como ele possuem codinomes que são nomes de cidade, tudo isso em nome da segurança e para evitar envolvimento entre eles (Mas é claro que isso não vai durar muito) Enfim, basicamente a partir de flash backs e o tempo presente nós acompanhamos o assalto e o plano antes dele acontecer, junto a isso os conflitos de relacionamento entre os assaltantes, reféns e também os policiais...sim daremos mais atenção a eles logo em frente. Lembrando que toda série de roteiro formulaico conta com vários romances improváveis, dentre eles o mais cafona de todos que é o professor e a detetive que assim como ele é exageradamente superestimada.
A serie então segue esse sistema narrativo e se propõe a fazer que amemos os personagens em torno de uma abordagem critica que não funciona. O motivo: Tudo o que ela estabelece ela mesmo quebra; O plano super genial do professor conta quase 70% por coincidências de roteiro e sorte; Os personagens super preparados parecem um bando da quinta série que são mimados, desiquilibrados e inconsequentes; Personagens que sempre são elevados como algo muito maior do que de fato são, quase todo mundo quebra as regras em menos de 20 min de tela, fora que os conflitos de relacionamento entre eles não faz nenhum sentido, nunca vi bandidos tão amorosos que se apaixonam tão fácil. Os policiais são burros, burros, muito burros... e essa burrice serve para o plano do professor parecer aceitável, se os protagonistas são desinteressantes então os reféns são ainda piores...ainda que a série se esforce, é muito difícil torcer por alguém ali,, já que eles usam o recurso mais barato do mundo para fazer você se interessar por um personagem, se meus protagonistas são em teoria vilões os antagonistas tem que ser pior ainda, o que acaba fazendo com que ninguém ali pareça uma pessoa de fato.
Os diálogos são tão apelativos que beira o ridículo, palavrões e conversas obscenas são praticamente jogadas sem nenhum propósito dentro da série e quando esta parti para suas criticas politicas de resistência e anarquia, aí que a coisa fica feia, fazendo um monte de gente por aí achar que imprimir bilhões do cofre público não é roubo e que não vai gerar nenhuma consequência para a população, mas é claro que é ficção e há muito para relevar, não é mesmo? Bom, aqui esse principio não vale tanto, pois ele ultrapassa o limite da tolerância e brinca com a inteligência do espectador.
Mas ela oferece algum valor? Sim, os atores são muito bons, é incrível como os elencos de obras estrangeiras tem se destacado, a direção até que acerta em alguns pontos e a trilha sonora é boa. Se você comprar a ideia da série e considerar que todos os pontos acima não comprometem sua experiência, então é por sua conta em risco, mas de modo pessoal, minha avaliação técnica só mostra que é uma série de pouco valor, que serve, sendo bem bondosa, como um passatempo, apenas isso.