Esta obra de ficção científica aborda viagens no tempo e apresenta uma trama intrigante e envolvente nas suas duas primeiras temporadas. Contudo, na terceira temporada, a série perde parte de suas principais características e deixa de inovar, tornando-se repetitiva e previsível. Apesar disso, a série mantém um tom dramático sombrio, que é habilmente trabalhado em conjunto com a trilha sonora, transmitindo aos espectadores uma sensação de angústia constante. Porém, a natureza repetitiva da trama de retornar aos mesmos enredos, pode causar confusão e tédio ao longo do tempo, o que prejudica a experiência geral.
Dito isso, podemos falar que a complexidade da série é um dos seus pontos fortes, onde os personagens estão interligados em uma trama de lógica temporal pouco comum, resultado de todas as complicadas viagens no tempo. Dessa forma, ela é fora da caixa, pois aborda temas como traição, incesto em que estão mescladas a essas viagens, tornando-a fascinante para alguns, pois explora teorias da física que falam de linhas temporais paralelas, mas que para outros pode não agradar devido à sua natureza pouco convencional.
Então, embora a série tenha seus pontos fortes, há também algumas falhas a serem mencionadas, no qual, começamos com o emburrecimento de vários personagens, em especial o protagonista, que é continuamente enganado e manipulado. Além disso, o figurino não varia muito, dando a impressão de que os personagens não possuem outras roupas e estão sempre sujos. Outro ponto, é a complexidade das diferentes linhas temporais, o que exige bastante atenção do espectador com o desenrolar da história e muitos diálogos repetitivos desnecessários, assim como atuações rasas. No entanto, as reviravoltas frequentes mantêm o interesse do público na trama.
Dessa forma, a série tem um forte drama que parece prolongar os episódios e o mistério sem motivo, além de um final decepcionante que não surpreende, onde aparenta que os criadores não sabiam mais o que fazer com o complexo enredo que construíram. Assim, a história que está repleta de metáforas e simbolismos, torna-se é um tiro no próprio pé, já que os seus pontos fortes também ficam imersos há uma elaboração confusa. No entanto, apesar de Dark não agradar a todos, ela serve para quem aprecia uma narrativa desafiadora que apresente enigmas e reflexões filosóficas misturadas com ficção científica.