A cidade (fictícia) de Grotas de São Francisco, no interior da Bahia, foi muito afetada pela construção da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, que desapropriou muitas famílias na década de 70. Quem lucrou com essa obra foi o coronel Jacinto (Tarcísio Meira), "dono" e líder informal de quase toda a região. Ele só não manda nas terras do único homem que tem coragem de enfrentá-lo, o Capitão Ernesto Rosa (Rodrigo Lombardi). Este, junto com a esposa Eulália (Fabíula Nascimento), adota a jovem Luzia (Carla Fabiana), e acolhe em casa Belmiro (Chico Dias), Piedade (Cyria Coentro) e o pequeno Santo (Rogerinho Costa), uma família de retirantes.
No fim da década de 80, o coronel idoso cede o comando de suas posses a seu até então idealista filho Afrânio (Rodrigo Santoro). Este, numa visita diplomática aos vassalos do pai, se envolve com Leonor (Marina Nery), a filha de Aracaçú (Carlos Betão), e os dois dão forçados pelo pai da moça a se casar. Dessa relação nasce Maria Tereza (Isabella Aguiar). Maria Tereza se apaixona por Santo (Renato Góes), mas seu pai descobre e a manda para um internato na capital. De lá ela tenta repetidamente enviar cartas a seu amado para lhe contar que, Miguel, o fruto de seu amor, logo nasceria. Suas missivas são interceptadas por Luzia, que acabou por se apaixonar por Santo mesmo sendo os dois irmãos de criação.
Na década de 2010, Afrânio (Antônio Fagundes) esqueceu-se completamente de seus ideais juvenis e vive entrando em conflito com Raul (Marcos Palmeira), filho de seu segundo casamento, com Iolanda (Christiane Torloni), que é contra a transposição do Velho Chico. Sua irmã Maria Tereza (Camila Pitanga) acabou se casando com Carlos Eduardo (Marcelo Serrado). Porém Santo (Domingos Montagner) não pretende desistir de seu primeiro amor tão fácil, indo além dos limites para ganhar seu coração e se transformando no vilão da trama.