A segunda temporada consegue dar boa continuidade à história e ao universo apresentado anteriormente e há um minimo de coerência. Prende minimamente a atenção, porém, tem menos ganchos que estimulem uma maratona mais compulsiva. Assistidos 7 episódios da temporada, o sétimo em particular (deveria ser um ponto alto para o fechamento) é arrastado sem sentido. No geral é inferior à primeira temporada na questão de trama e roteiro. Em determinados momentos, parece apressada e superficial, com reviravoltas clichês e previsíveis. O expectador não é desafiado a pensar quem é o "culpado" ou "qual o motivo", (apesar de haver esta tentativa com determinado personagem) ou "como ele vai escapar desta". A ação é bem coreografada, porém, determinadas situações e ferimentos desafiam à lógica, dando a impressão de cena forçada. Há um ressalva sobre este ponto. Em determinados estilos de narrativa, como animês ou filmes do Tarantino (adoro!), onde isso já é esperado, não chega a ser um ponto negativo. Mas uma série mais "séria", por mais ficcional que seja, fica destoante. O excesso de sentimentalismo das IAs também destoam, visto que nem mesmo os humanos apresentam emoções tão fortes nesta temporada. A atuação geral dos atores é mediana, com pouca expressão. Algo que incomodou bastante é que a cidade parece ter 10 metros quadrados. Tudo parece "in door". Não há tomadas amplas ou situações que expressem distância entre os lugares. Por exemplo, é recorrente a situação dos personagens irem para algum lugar aparecem instantaneamente no destino, sem cenas intermediárias para dar a impressão de tempo de deslocamento para nosso cérebro. Resumo: a segunda temporada passa e até diverte. Mas o roteiro precisa ser melhor desenvolvido para uma terceira temporada.
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