Qualquer cinéfilo, ao longo de um certo tempo, adquire um gosto por televisão. Em meu caso, a paixão por esse meio de comunicação que não se afasta tanto da minha querida sétima arte surgiu principalmente nos seriados.. Em meus primeiros tempos como cinéfilo, já tinha um especial gosto por televisão, centralmente falando: as séries.
The Office é um seriado americano que teve sua estreia em 2005. The Office ganhou diversos prêmios e foi aclamado pela crítica e pelo público televisivo em pouco tempo após sua estreia. Em nove temporadas, conquistou todo um público enfeitiçado com aquele universo singular de personagens bem humorados e suas "vidas de escritório". Em The Office, o foco é a relação entre as diversas pessoas dentro de um determinado local de trabalho: suas divergências, seus passatempos, suas discussões, e isto mais. Me interessei pela série logo que fui assistindo os primeiros episódios, ainda lá da temporada inicial, com o elenco ainda pequeno. Minha paixão por ela, com o tempo, se amplificou. Me transformei em um fã.
Isso ocorreu, como dito, há um considerável pouco tempo, pra ser mais sincero, há um pouco mais de um ano. Por isso, uma das temporadas mais recentes que eu tive a oportunidade de assistir (completa) foi a oitava, encontrada no Netflix. É claro, antes disso, eu já tinha um breve contato com os episódios de The Office: a série já foi transmitida em TV aberta e frequentemente seus episódios eram exibidos pelo canal fechado FX, que deixou de exibir a série no início de 2014, com o fim de sua transmissão na América.
The Office é uma série com um público pequeno no Brasil. Por ter um humor mais requintado, ausente de alguns artifícios humorísticos que mais atraem as pessoas, como aquele já instituído pastelão, The Office teve uma curta passagem pela TV aberta, mais especificamente pela Rede Record, onde também foi um colega de Um Maluco na TV (30 Rock), outra série americana que não fez sucesso nas telinhas brasileiras, e por isso, não demorou muito para ter sua exibição adiada. Talvez, o fato do fracasso televisivo aqui no Brasil dessas duas séries é o conteúdo mais "americanizado". Muitas das piadas são incompreensíveis ao público nacional, que não consegue se identificar com os personagens por conta dessa diferença, ou até mesmo por alguns dos elementos mais próprios envolvendo cultura (sem incitar a ignorância e o desrespeito daqueles que desconhecem esses padrões culturais da série, e sem mais nem menos, a criticam pela inexistência de prazer, o que me aborrece demais). Mesmo assim, acredito que não precisa ter uma certa identificação com The Office para simplesmente ama-la. The Office, Louie, Um Maluco na TV, Monk, e outras séries com uma estrutura mais voltada à cultura americana foram ocultadas do nosso público pela ausência significativa de audiência.
Enfim, ao assistir seriamente á The Office em sua oitava temporada, pude observar de perto a delicadeza com a qual a série é feita. Num estilo de pseudo-documentário, muita gente se lembrará de Modern Family, uma cópia dessa técnica originalizada pela série. Em The Office, há uma certa combinação de elementos que me causam uma certa intriga e ao mesmo tempo, conduzem o resultado da minha preferência por ela. Steve Carell mostra seu inconfundível talento nesta série, e que é bem perceptível em cada episódio do qual ele é a estrela principal. Jenna Fischer faz uma coadjuvante implacável, sem deixar de comunicar-nos o bom humor de sua personagem. Porém, confesso aqui que meu apreço foi com o personagem singular e enigmático de Rainn Wilson, Dwight Schrute. É claro, cada um tem seu nível de "bizarrice", só que o mais bizarro é sem sombra de dúvida Dwight! Ed Helms foi outra grande surpresa merecedora de aplausos, com o personagem Andy Bernard. Na oitava temporada, uma personagem feminina também me chamou a atenção: Ellie Kemper, atriz que só tive a oportunidade de assistir no filme Missão Madrinha de Casamento. Com ele, ficam meus aplausos e minhas gargalhadas mais efusivas. Entre outras, os vinte e quatro episódios da oitava temporada de The Office são simplesmente divertidíssimos. Uma das maiores séries cômicas da televisão americana, The Office me ganhou profundamente, e também adquiriu de mim um reconhecimento enorme, por tudo: o roteiro, a direção, o elenco. Tudo em The Office é muito bem feito, fruto de um trabalho magnífico feito por toda a produção, do elenco á equipe técnica. Todos estão de parabéns por terem feito algo tão concreto e digno de elogios como The Office, ainda mais nesta temporada em específico.