Sem dúvida alguma, série de sucesso da Netflix que mistura em doses homeopáticas terror, suspense, drama, mistério e ficção e é uma das mais envolventes em exibição até o momento em 2016 aqui no Brasil e no mundo e que mesmo cercada de diversos elementos da cultura pop e de releituras daqueles velhos clichês cinematográficos de outros filmes clássicos de sucesso dos anos 80 como E.T - O Extraterrestre, Os Goonies, Conta Comigo, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Alien e outros, a série em si é muito bem amarrada que tais referências passam suavemente desapercebidas ou como um dejavú gostoso para quem viveu a efervescência cultural daquela década. É trama com roteiro bem escrito, iluminação e fotografia digna, feitos espaciais muito bons e que prende a atenção do espectador até o ultimo episódio da temporada de forma bastante fluida, dinâmica, como se todos os episódios fossem na verdade um único filme intervalado. O elenco é afinado entre si e simplesmente fantástico, muitos deles pouco conhecidos na mídia e que protagonizam a maioria das cenas de impacto. O núcleo dinâmico formado por cinco crianças e três adolescentes é estrelado por Mike (Finn Wolfhard, Onze/Eleven/On/El (Millie Bobby Brown), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Will Byers (Noah Schnapp), Nancy (Natalia Dyer), Steve (Joe Keery) e Jonathan (Charlie Heaton). A mais conhecida da série é a Joyce (Winona Ryder), atriz veterana que atua medianamente em conjunto com o xerife Hopper (David Harbour) como protagonistas, mas se tornam elementos secundários com a excelente afinação do elenco infanto-juvenil que ofuscam suas participações na série. A trilha sonora é empolgante e invejável contendo vários clássicos da música como " Should I Stay or Should I Go – The Clash", "Atmosphere – Joy Division", " Elegia – New Order", " When It’s Cold I’d Like to Die – Moby" e outros. Simplesmente empolgante do início ao fim, chegando a ser viciante até. Confira!