Como sempre séries norte americanas, no geral, diferentes das inglesas. Ambos os gêneros maravilhosos, muito bem produzidas, trabalho profissional mesmo, de primeira categoria.
Stranger Things não foge à regra. Também muito bem feita, tudo amarradinho, com o desenrolar da história um pouco em cada lugar, um pouco com cada personagem ou grupo de personagens. Sustos na hora certa, suspense na medida.
A técnica de aguçar a curiosidade e presentear o expectador aos poucos é típica, já manjada, mas muito bem trabalhada. Não entrega tudo de bandeja, não deixa nada óbvio (ou quase), mas é esse o charme de um roteiro que parece ser fácil, manjado, mas que mesmo assim te prende e te surpreende, tal o grau de profissionalismo da produção.
Ah, e tem os anos 80! Quem pode ficar inerte a tanta saudade boa? No trailer da segunda temporada há o simplesmente maravilhoso Vincent Price, com sua voz cadavérica, remasterizada e fora da música de Michael Jackson, narrando cenas que te prendem à tela. Fora isso, fitas K7, rock dos anos 70 e 80 e as famosas bicicletas cross que ficaram tão marcadas em ET.
As crianças são uma atração à parte. Ok que se repete à exaustão as velhas brigas entre turmas de escola, mas são um ingrediente indispensável para quem quer narrar fatos tão próximos do ambiente escolar. A Eleven (Onze) é uma fantástica e grata surpresa, linda, misteriosa, não muito exigida para caras e bocas, mas assim mesmo linda. Seus amigos são um barato e mostram claramente como era a amizade de grupos nerds dos anos 80 nos Estados Unidos.
Bom, seja como for, não perca a série. E maratone, assista vários episódios de uma vez, até porque não é difícil, sempre tem novidade e o suspense vai crescendo e sendo elucidado ao mesmo tempo, não cansa a gente. Boa série.