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    Perdidos no Espaço (2018)
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    3,4
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    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.515 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 22 de fevereiro de 2022
    Perdidos no Espaço - 3ª Temporada (Lost in Space - Season 3)

    "Perdidos no Espaço" foi uma série que me atraiu logo de cara, até por se tratar de um tema que eu sempre gostei de acompanhar, o sci-fi, e pensando exatamente nessa temática, a série tinha tudo pra funcionar, tudo pra dar certo, mas não foi isso que aconteceu ao longo das 3 temporadas.

    A premissa da série era muito boa, até por se tratar de um reboot da série homônima que rodou nos anos 60, mas infelizmente nada aqui funciona, nada se concretiza e tudo vai por água abaixo. A série não funciona como drama, não funciona como aventura, não funciona como uma exploração, não funciona como família, é tudo muito perdido, muito bagunçado, sem coesão, sem originalidade, sem aprofundamento. O roteiro é o ponto mais falho de todas as temporadas, e aqui não é diferente. O roteiro é raso, sem desenvolvimento, desconexo, mal escrito, mal projetado, que vive tentando se achar, tentando se acertar, mas que falha miseravelmente em tudo que se propõe a fazer dentro da série.

    A terceira temporada de "Perdidos no Espaço" não funciona como uma série dramática, pois ao longo dos episódios temos inúmeras tentativas de nos conectarmos com o drama de cada personagem, mas sem um aprofundamento, sem um desenvolvimento, não conseguimos se importar com ninguém, não conseguimos ter empatia por ninguém, não torcemos por ninguém. A temporada ainda falha brutalmente ao querer (mais uma vez) explorar um arco pessoal de alguns dos personagens, como uma forma de comprar a nossa simpatia, mas fica uma coisa tão desconexa, tão acelerada, tão rasa, tão fria, que chega a dar vergonha alheia. A série não funciona como aventura, pois as partes em que realmente eles são colocados em perigo, que poderia render uma grande aventura espacial, vira um total clichê, não somos surpreendidos, pois já sabemos que com a família Robinson tudo vai dar certo no final e eles não sofrerão nenhuma consequência. A série não funciona como exploração, pois temos episódios que poderiam facilmente render uma boa dose de exploração, como nos planetas, nas naves perdidas, em personagens novos (exatamente por ser uma série sci-fi), mas tudo é mal explorado, sem um objetivo claro e trazido de forma muito simples.

    Até como família a série falha, pois não temos aquele laço familiar, aquele verdadeiro vínculo afetivo: que por mais que a mãe se preocupasse com os filhos, que o pai se importasse em proteger os filhos, que os irmãos se preocupassem uns com os outros, mas tudo é feito de uma forma banal, fria, sem aquela química, sem aquele carisma que realmente nos fizesse se importar com aquela família, nos preocupar com aquela família, torcer pela aquela família, que até se algum dos membros da família viesse a morrer ao final da temporada, não nos causaria nenhum impacto.

    O elenco é outro ponto falho e muito desconexo dentro da trama.
    Eu reclamei da Dr. Smith (Parker Posey) em todas as temporadas e aqui não será diferente. Pra mim uma personagem sem o total sentido dentro da série, que inicialmente (na temporada 1) foi colocada como uma espécie de antagonista fajuta, logo após (temporada 2) foi tachada como heroína ao final, e agora ela retorna (quando achávamos que estivesse morta) unicamente pra compor o elenco, sem a menor necessidade e totalmente perdida. É triste ver uma atriz do calibre da Parker Posey (uma das principais atrizes do cinema independente norte-americano) em um projeto tão mesquinho e com uma personagem tão perdida e desconexa (deixando bem claro que ela não teve a menor culpa, pois a sua personagem foi mal escrita e mal encaixada dentro desse péssimo roteiro).

    Maxwell Jenkins passou as três temporadas tentando se achar, tentando se acertar com o personagem Will Robinson, mas não funcionou, não se achou, ao contrário, virou um personagem chato, irrelevante, vazio, que ao final ainda tivemos a tentativa furada do roteiro em comprar a nossa simpatia por ele (pelos seus acontecimentos), mas que definitivamente soou piegas demais. Toby Stephens é mais um talento desperdiçado dentro da temporada (e de toda a série). Seu personagem John Robinson até funciona como a figura de um pai, de um protetor para com a sua família, mas suas ações e suas decisões são tão confrontadas dentro da série, ao ponto de nos perguntarmos qual era o seu verdadeiro propósito ali. Toby Stephens não está bem no personagem, não entrega uma boa atuação, ao contrário, sua interpretação soa como vazia, desprovida de sentimentos e com o passar dos episódios, ela só vai esfriando cada vez mais.

    Molly Parker, Taylor Russell e Mina Sundwall ainda salvam o elenco.
    Maureen Robinson (Molly Parker) esteve bem nas duas temporadas anteriores e nessa terceira ela ainda se mantém praticamente no mesmo nível. Maureen sempre esteve um pé à frente dos problemas, sempre se portava como uma pessoa sagaz, astuta, inteligente, decidida, pra mim a melhor personagem dentro de toda a série. Molly Parker entrega uma boa atuação, nada estratosférico, mas consegue nos chamar a atenção pela sua interpretação. Penny Robinson (Mina Sundwall) ainda consegue manter aquela personagem que eu comecei a gostar na segunda temporada, ela vem em uma crescente e até consegue alguns destaques, apesar de achar que nessa temporada ela está mais preocupada em moldar a sua vida adolescente (relacionamentos e afins). Judy Robinson (Taylor Russell) é a segunda melhor personagem da série. É muito bom ver o crescimento da Judy dentro de cada temporada, pois na primeira ela não teve muito destaque, na segunda ela cresceu muito, e nessa terceira ela está ainda melhor. Judy é muito inteligente, muito decidida, muito perspicaz, age na hora certa, toma decisões na hora certa e se tornou uma figura de muita relevância dentro do contexto de toda série. Eu gostei muito da forma de atuar da Taylor Russell, acho que se ela escolher bem os seus papéis daqui pra frente, ela só tem a crescer cada vez mais.

    Tecnicamente a série continua muito boa!
    Os efeitos visuais continuam em alto nível, o CGI é muito bem trabalhado, os efeitos especiais é bem explorado (como no caso do próprio robô), a fotografia é excelente e muito bem executada em praticamente 100% do tempo, a cenografia é de cair o queixo e está totalmente perceptível em todos os cenários (principalmente dentro das naves). E por fim a trilha sonora, que agrega muito bem dentro da série e acompanha bem cada episódio (com um destaque maior para o tema de abertura da série).

    No mais, "Perdidos no Espaço" era uma série muito promissora, que nos despertava diversas curiosidades sobre o tema, que nos instigava sobre a ficção cientifica que está inserida dentro da série, que possuía todos os requisitos para dar certo, mas a série se tornou melodramática, piegas, enfadonha, onde carece de ritmo, carece de imersão, e que definitivamente não deu certo e se tornará facilmente esquecida. [07/02/2022]
    Phellype Morissette
    Phellype Morissette

    1.584 seguidores 477 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 25 de março de 2022
    Uau! Que final épico foi esse? Que temporada! O que faltou na anterior, nessa teve de tudo um pouco à mais... Foi simplesmente incrível a sua conclusão! De volta a "conexão" do Robô com o "pequeno" Robinson, que agora cresceu como homem! A trama nos trás reviravoltas e grandes surpresas ao decorrer dos episódios! Com mais ação e referências, a série chega ao seu ápice e nos encanta com um belo espetáculo de produção e execução! Com mais efeitos visuais, a jornada se torna incrivelmente deslumbrante! Eu diria que a série foi bem pensada em ser feita em apenas 3 temporadas infelizmente, porém se encerra de uma forma épica e com uma produção impecável.
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