Slow Action com tutano.
Lançada pela AMC com uma espécie de experimento, a série Into the Badlands saiu do desconhecido passo de seu lançamento para status de sucesso com apenas 6 episódios. Muito disso se deve graças ao carisma do protagonista Sunny (Daniel Wu) e pela mitologia desenvolvida no universo fictício criado pelos roteiristas Alfred Gough e Miles Millar. Após a introdução da primeira temporada e do desenvolvimento envolvendo barões que tomam conta das terras selvagens, Sunny se vê envolto a busca por sua família e pelas descoberta do que aconteceu com seu pupilo, o jovem M.K. (Aramis Knight).
Agora com mais tempo na tela, os 10 episódios conseguem estender a saga de Sunny e apresentar novos personagens, como o caso do divertido Bajie (Nick Frost). A dupla cria uma grande empatia pelos lados opostos de personalidade que trabalham em conjunto pela busca de interesses particulares. A trajetória da dupla para voltar às terras selvagens resulta em aventuras e dificuldades imensas, o que também proporciona estender mais nosso conhecimento acerca das terras em que se passa a história.
Tomamos conhecimento de novos barões e como eles se relacionam para manter o controle em Badlands, isso permite uma maneira de desenvolver a história sem depender em excesso de Sunny, pois a série possui outros interessantes atrativos além do protagonista. O próprio M.K., agora mais explorado por conta de um treinamento que visa controlar seus "poderes", aparece mais inserido no contexto, já que descobre novos elementos que trazem sentido à famigerada cidade de Azra, alvo de suas buscas desde a temporada anterior.
Apesar de história melhor desenvolvida, outro ponto forte da série volta ainda mais acentuado: a violência. Aqui não há espaço apenas para socos ou tapas, a coisa é pesada, regrada com muito sangue, membros e cabeças decepadas, tudo com estilo e fazendo uso de muitas sequências em câmera lenta para impactar ainda mais a ação. A trilha sonora, que ainda traz Rag n' Bone Man, tem um setlist variado, que passa pelo pop, jazz, rock e situações orquestradas notáveis.
Novamente a presença das mulheres é ponto alto aqui, principalmente devido a Viúva (Emily Beecham), que lidera um grupo composto em sua maioria pela classe feminina, inclusive respeitada pelas grandes habilidade táticas e de combate mano a mano. As coregrafias de luta com armas brancas impressiona pela forma frenética como foram montadas, sempre deixando a sensação de realismo saltar aos olhos. E tudo com inventividade e um figurino que veste bem em todas as situações.
INTO THE BADLANDS - SEASON 2 amplia e muito o que foi apresentado na primeira temporada. As idéias melhor apresentadas e mais expandidas trazem uma mitológica narrativa repleta de criatividade, contando com ação das melhores do cinema. Resta agora aguardar pela terceira, e já anunciada, temporada que só chega em 2018.