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    The Young Pope
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    4,1
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    Fabiano B.
    Fabiano B.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 22 de maio de 2017
    The Young Pope, o jovem órfão norte-americano Lenny Bernardo, ou o Papa Pio XIII, foi eleito depois de um conclave politizado e tenso. A figura de um jovem renovaria a igreja, assim eles pensavam.

    Porém Jude Law (O Papa) é um conservador de ideias próprias que pretende revolucionar o sistema e lutar com as armas podres para manter seu poder. E acredite, no Vaticano não é nada diferente do que em outros lugares digamos, menos sagrados.

    Em O Poderoso Chefão (1972), Michael Corleone resolve na violência a desconfiança sobre sua ascensão ao poder da famiglia. Em House of Cards (2013) o desconhecido político Frank Underwood usa a chantagem para virar presidente.

    O Papa Pio XIII tem o hábito de humilhar seus adversários, mas calma, com esse Papa nada é tão preto no branco, apesar das roupas - das mesmas alfaiatarias do Papa Francisco (leia Armani) - serem extraordinariamente de cores vividas, claro que com a ajuda preciosa do mago das imagens Luca Bigazzi. Com esse Papa tudo é mais denso, profundo. Ele mesmo ensina humilhação num dos episódios:

    - Você não faz ideia de quantos objetivos podem ser alcançados humilhando terceiros. Mas há um segredo. O humilhado não pode perceber que foi humilhado.

    Rodado em Roma e nos santuários estúdios de Cinecittà, onde foi construída uma réplica da capela sistina, a série é dirigida e roteirizada por Paolo Sorrentino que parece estar, em velocidade de cruzeiro, rumo ao hall dos melhores nomes do cinema. Ou seria o mais importante? Se cuida Kubrick!

    Espere tudo que os já encaminhados ao cinema Sorrentiano costumam assistir. Imagens arrebatadoras e surreais, uma seleção musical de elevar a alma, diálogos e frases que fariam Quentin Tarantino ter inveja, e um elenco selecionado a dedo, e quanto a isso gostaria de fazer dois adendos: O primeiro chama-se Javier Cámara, um carismático e bom ator espanhol que está sempre nos filmes de Pedro Almodóvar, e que tem uma adoração por Paolo Sorrentino. Quando soube que ele estava fazendo a série, se ofereceu para um papel. O italiano lhe deu então o de Monsenhor Gutierrez que acredito ficará marcado para sempre em sua carreira. O segundo é David Jude Law, esse importante ator do primeiro escalão de hollywood é pura emoção, seus nuances e suas manias nos tomam de surpresas, suas pausas são perfeitas. É impossível ficar impassível diante de suas interpretações para rirmos ou chorarmos juntos, preparem-se.
    Lucas S.
    Lucas S.

    3 críticas Seguir usuário

    Crítica da série
    4,5
    Enviada em 7 de maio de 2017
    Um grande problema de muitos filmes ou séries com conteúdo religioso, é a falta de conteúdo e principalmente a falta de conhecimento a fundo, de questões teológicas e eclesiais, algo que esta série, consegue de longe, melhor que muitos outros projetos.
    Uma fotografia impecável, cenografia digna do Vaticano, diálogos impecáveis e uma trilha sonora de dar inveja a muitos filmes/séries religiosos que estão por ai.
    Vale muito uma análise da Igreja católica na atualidade, com a vinda de jovens padres muito conservadores, assim, como uma juventude de posicionamento muitas vezes radical e conservadora. Isso é algo a se tirar o chapéu na série, consegue com primazia trazer esta realidade conservadora de forma que podemos analisar a atual situação vivida na Igreja no mundo, problemas financeiros, acordos políticos, sexuais, que movem tristemente a cúria romana.
    Um papa fumar, fazer exercícios, nadar, isto não é escândalo. Paolo, quer muito mais que isso, quer aprofundar na crise de fé movida por graves problemas financeiros, que ao fundo, traz problemas "teológicos" ou visões evangélicas de como a Igreja deveria ser.
    Enfim, uma série que apresenta muito mais do que lhe é prometido. Quem quer ver bundas e seios, apenas escândalos sexuais, como a pedofilia, não entenderá a série, muito menos o propósito do diretor, que é entender e ver a cúria do olhar de dentro, aliás, o povo não vê o papa, mas nós, expectadores, vemos e participamos de suas decisões.
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