A nova série da Netflix em parceria com a Marvel foi lançada em setembro com 13 episódios, e já foi considerada por muitos críticos e fãs a melhor série dos heróis Marvel. Mas será que é isso tudo mesmo? Ou apenas o Hype de lançamento fez com que todos achassem isso? Assistimos todos os episódios e temos nossa conclusão sobre essa série que tem muita qualidade, mas não é perfeita.
Spoilers abaixo….
Luke Cage começa de maneira arrebatadora, cheia de conceitos bacanas e mostrando como adaptar um quadrinho, que havia sido esquecido, para os dias atuais e tendo ao mesmo tempo o bom gosto em mostrar a cultura Negra do Harlem de um jeito que muitos não esperavam. Com uma trilha sonora impecável, sempre fazendo parte da trama, personagens interessantes onde todos os núcleos interagiam com sucesso, e deixando quem assistia com vontade de saber mais sobre aquelas pessoas. Um vilão que era ameaçador e que ao mesmo tempo tinha suas falhas e fraquezas, que conseguia atrapalhar a vida de Luke Cage sem trocar um soco com ele, imponente e muito interessante. Esse era Cornell “Cottonmouth” Stokes interpretado por Mahershala Ali, que fez parte da primeira metade da série, e junto com Mariah Dillard (Alfre Woodard) eram os vilões perfeitos mesmo para um protagonista com muitos poderes que não foram muito bem aproveitados.
Frankie Faison interpreta Pop, uma espécie de “orientador” de Luke Cage, um personagem forte e muito importante, que foi descartado assim como Ben Urich em Demolidor. Poderíamos ver mais de Pop e com certeza seria muito mais interessante ele participar do processo de transformação de Cage em herói do que a enfermeira Claire Temple (Rosario Dawson).
A primeira metade da série é impecável, realmente a melhor série de herói até então, mas quando chegamos na segunda metade com a morte de Cottonmouth e a aparição de Kid Cascavel (Erik LaRay Harvey) a série tem uma queda impressionante. Tudo fica lento e muito clichê, cheio de furos no roteiro que são explicados de maneira rasa, e que não parecia a mesma série.
O segundo vilão é canastrão e quando os atores Erik LaRay Harvey (Kid Cascavel) e Mike Colter (Luke Cage) estavam juntos na tela dava medo, mas não pelo o que iria acontecer mas sim pela interpretação dos dois, era um show de horror sem igual.
As coreografias das lutas não me incomodaram, pois tinha uma explicação, mas durante a luta final tudo me pareceu meio genérico e feito de ultima hora. Não acredito que essa série tenha outra temporada, e me parece que Luke Cage será pouco aproveitado em Defensores, então agora é esperar Punho de Ferro e tomara que a Netflix não faça o mesmo que fez com Luke Cage, um começo espetacular para um final fraco.