Segunda temporada do "homem sem medo", herói da Cozinha do Inferno (bairro de Nova Iorque) e aqui temos a apresentação de mais dois ícones do bem.....ou será que não são tão bonzinhos assim? O enredo não começa tão empolgante como na primeira temporada, mesmo trazendo o Justiceiro como "vilão" do momento e uma falha é que não temos uma noção de quanto tempo se passou entre uma e outra, eu logo pensei que era tipo....no dia seguinte, mas não, apenas mais para frente que uma personagem diz que são meses que se passaram.... Já o ator Jon Bernthal (este conhecido por ser o Shane de THE WALKING DEAD mas também atuou em O LOBO DE WALL STREET de 2013 - cometários aqui no NP, em EU, VOCÊ E A GAROTA QUE VAI MORRER de 2015 - comentários aqui no NP e outros) encarna (a sua maneira) o personagem Frank Castle (o Justiceiro), sendo frio, certeiro, dramático e com "sangue nos olhos", muito bom! Eu, sinceramente, achei um pouquinho diferente dos quadrinhos, pois Frank é um cara de poucas palavras e muita ação e já nesta adaptação, ele até fala muito (até para levar seu drama aos espectadores, totalmente plausível tal modificação) de um jeito meio "malandrão" e "mafioso", quase um Justiceiro "a lá Italy" e achei que certas atitudes (como um tiroteio dentro do hospital) não seriam tomadas pelo Justiceiros dos gibis, mas..... E conforme a narrativa vai se desenrolando, a trama vai se superando, apresentado (e melhorando em certos aspectos) todos os ingredientes que já presenciamos e gostamos. Violência gratuita, conspirações, miticismo, drama, romance, ação, tiros, mortes, lutas, tudo o que fez sucesso antes. Nas lutas, achei que não foram tão bem coreografadas quanto da temporada anterior, dando para perceber certos "socos falsos", mas possui também uma das melhores cenas de luta que já foi apresentada na TV, e ainda sem cortes (quando o Demolidor "derrota" o Justiceiro e o carrega prédio abaixo tendo que enfrentar uma gangue, fodástico de bom!). O personagem Foggy (Elden Henson) continua sendo o lado cômico e mantém o mesmo nível, mas com "pitadas" de drama maiores (pelo fato de agora saber quem é seu melhor amigo). Karen Page (Deborah Ann Woll) continua arrasando corações e resolve ser uma "Lois Lane" (e vai muito bem por sinal). Matt Murdock (Charlie Cox) continua se aperfeiçoando como herói e cada vez mais fica na linha tênue sobre suas atitudes (ainda mais depois do confronto com o Justiceiro e do ótimo diálogo que eles fazem). Também é apresentado a Elektra, ninja maravilhosa e igualmente perigosa! Quem a interpreta é a atriz Élodie Yung (um dos filmes que já atuou foi em G.I. JOE: RETALIAÇÃO de 2013) e aqui temos uma Elektra também mais "falastrona" que nas HQs, sendo mais simpática aos olhos de quem assiste (mas não se engane). Um ponto legal sobre Elektra e o Justiceiro é que durante os capítulos você fica se perguntando sobre algumas características de tais personagens e a trama te entrega aos poucos, muito bom, como sobre o Wilson Fisk, na temporada anterior, me questionei o porque não o chamavam pelo alter-ego Rei do Crime e nesta explica o porquê e é ducagari de bom! E quando o Rei do Crime (Vincent D'Onofrio) entre em cena que a história ganha um "BUM!!!!!", atingindo seu ápice (que dialógo foi aquele entre Matt e Wilson na cadeia, chega a arrepiar)! E o Stick (Scott Glenn) continua "froid"! O que faltou na primeira temporada, aqui temos: julgamento. E ainda do Justiceiro! Show! Muita coisa se aperfeiçoou, mas o nível, em minha opinião caiu um pouco. Também, ter mais dois protagonistas de peso e criando duas subtramas não é fácil conduzir com perfeição, mas a equipe de produção da Netflix quase a consegue, entregando um material de qualidade. Não infalível em erros de roteiro, mas que agrada e muito. Só achei (e de novo!) um erro mortal a morte de mais um personagem, não pela morte em si, mas achei que tal acontecimento poderia esperar até a apresentação de outro vilão que o faria como a clássica cena das histórias em quadrinhos e que aqui foi desperdiçada, que pena...