O QUE HÁ DE ERRADO EM Chicago PD?!
Se você ainda não assistiu, não perca a oportunidade de analisar essa série. Eu pensava quando comecei a assistir Chicago PD por recomendações de familiares, que a trama era baseada no dia-dia de personagens policiais. Já estou na 4ª temporada e confesso que não consigo mais ver essa série.
A ficção que deveria espelhar o que se passa numa agência de proteção pública, se desboca em tramas que soam a todo tempo como piadas mal contadas.
1...O comandante da Unidade de Inteligência da Polícia de Chicago, Voight (aspirante a Chuck Norris), é um sargento que cumpriu pena por diversos crimes em sua carreira e que foi sentenciado à prisão. Ah, mas ele mudou e está disposto a fazer tudo certo agora né? Não. Não meus amigos, enquanto ele “trabalha pelo bem estar da população e combate o crime na sociedade”, frequenta um clube reservado apenas por mandantes de grupos criminosos. São seus companheiros queridos. No episódio em que seu filho é assassinado, ele mata o cara, oculta o cadáver, obstrui a justiça... . Em seus interrogatórios, não importa se o SUSPEITO é culpado do crime do episódio, ele simplesmente tortura, atrás de confissões inexistentes e que na maioria das vezes a verdade aparece e o cara todo quebrado volta pra casa, pra tomar um Dorflex pelo menos.
Quando justamente ele é repreendido pelos seus Superiores, por seus vários meios errados de procedimento, ele os peita, negligencia, ignora, ameaça, debocha; afinal de contas Voight está acima do bem e do mal, acima da lei.
Obs.: Ele tem um cofre escondido no porão cheio de grana preta, que até hoje a série não explica. MISTÉRIOS... Uuuu..
2...Um episódio é bem patético quando Voight permite que sua protegida e filha adotiva, mesmo sob influência de drogas é liberada por ele para participar de uma ação de alta complexidade. Aliás, quando ela, Erin, confessa que não pode realizar um exame toxicológico, Voight dá um jeito de burlar essa regra, sem levar em contar que Erin havia deixado a profissão e entrado para uma fase de uso de drogas e conflitos psicológicos.
Vejam, os próprios criminosos ficam indignados quando são presos ou interrogados por um sargento tão criminoso quanto eles. Agentes honestos da Polícia de Chicago na série, se sentem envergonhados por trabalharem com alguém como Voight.
3...Por falar na Erin, um episódio ficou muito estranho pra quem gosta de raciocinar. Foi quando Erin acompanha um julgamento em andamento de um homem jovem, branco e rico que seria inocentado por falta de uma testemunha morta dias antes do depoimento. Sem NENHUM tipo de investigação prévia, Erin se sente na obrigação de prender aquele homem e em outros momentos insulta o mesmo ( Por que, você se pergunta?). Isso é bastante suspeito na série, pois o alvo da investigação deveria ser o esclarecimento da morte do testemunhante negro e imigrante, mas a retórica várias vezes é o foco em dar um jeito de prender o jovem rico, mesmo ainda sem provas. No desfecho do episódio, Erin vai até a porta da penitenciária para ver o jovem branco rico algemado, enquanto esboça um ar de contentamento e satisfação pessoal. Posteriormente na mesma temporada, quando seu ex-namorado foi acusado de homicídio veicular, Erin apesar das evidências iniciais comprovarem isso, diz que não se pode acusar alguém antes que todo processo cautelosamente fosse investigado. Nem mesmo seus colegas detetives entenderam. Seria Bipolaridade Ética?
4...Outro episódio muito suspeito foi aquele em que Burgess e seu companheiro de patrulha foram chamados para efetuar uma prisão contra uma bandida negra, que havia efetuado um roubo e tinha histórico dos mesmos delitos. Tudo bem. Ela, com certeza a prendeu para que não voltasse a cometer outros roubos violentos, não é? Hummm, não! Não foi desta vez! Burgess perguntou ao dono do estabelecimento quanto lhe custou o furto, tirou sua carteira do bolso e pagou a conta da criminosa. É meus companheiros... fiquei com a mesma expressão no rosto do comerciante, ao ver que o crime aquele dia compensou para a criminosa, que saiu livremente e tranquila pelas ruas de Chicago. Não sei vocês, amigos, mas eu não gosto de ser roubado, e ainda tenho certeza que isso é crime!
Em outro episódio posterior, mas muito parecido, a bondosa e leal defensora da justiça patrulheira Burgess, atendeu uma ocorrência onde outra mulher negra foi pega em um roubo de alimento numa lanchonete, onde a mesma criminosa agrediu uma das funcionárias. Ao dar voz de prisão para a delinquente, a mesma fugiu, e ao ser abordada pelo policial parceiro acabou sendo ferido pela ladra. Burgess a levou para a delegacia, porém não queria que a criminosa fosse presa, pois soube que a então criminosa era ex-policial. Seu parceiro de patrulha que havia sido ferido em serviço insistiu para que a ladra fosse presa, o que deixou Burgess muito chateada e mais tarde ela o chamou de sem noção. O desfecho final do episódio foi épico, quando Burgess entra na cela e pergunta se ela poderia ficar presa com a ladra violenta, pois a compreendia e não achava justo a criminosa ter que enfrentar a detenção sem seu apoio! Dá pra acreditar? Pois assistam!
5...Mais uma vez o choque foi grande, quando o detetive Atwater, não se sentia bem ao desempenhar suas obrigações como agente da justiça, investigando gangues negras que atuavam na vizinhança onde ele cresceu. Para ele estava sendo muito difícil investigar criminosos que eram da sua raça. Ao final do episódio, Atwater volta cansado para casa após um dia difícil de trabalho e riscos. Quando se assenta por um momento no sofá de sua sala, sua irmãzinha mais nova lhe diz que o irmão adolescente deles havia sido abordado por policias na casa de um dos membros de uma gangue do bairro. O irmão adolescente de Atwater senta-se ao lado dele e diz que o pessoal que morava naquela casa eram seus amigos e nada ia acontecer com ele. O adolescente desabafa para o detetive e diz que “a polícia não dá uma dentro”. Atwater ficou ofendido por ver sua vocação atacada sujamente e injustamente? Não. Ele fez uma expressão amorosa e compassiva ante o adolescente, e perguntou o que ele gostaria que o detetive fizesse para o jantar. Foi uma explosão de empatia!
6...Houve umas situações de “GirlPower”, mas foram tão desmascaradas pela verdade, obviedade que nem vale a pena citar, só mencionar caso você queira saber se tem dessas situações em Chicago PD. TEM SIM!
Por fim, nessas quatro temporadas que bravamente assisti, vi que quando os criminosos flagrantemente presos eram negros, eram tratados como vítimas.
Quantas vezes a polícia foi xingada, depreciada, hostilizada e os detetives do Grande Chicago PD simplesmente abaixaram as cabeças e assumiram uma carapuça de culpados pelo fato de serem policiais.
Quantas vezes os grandes vilões eram brancos, ou ricos, ou policiais honestos! Perdi a conta, sinceramente.
Nos episódios de Chicago PD você vai achar muito, mas muito “pedágio ideológico”. Muita ideologia socialista e comunista.
Ideologia de gênero e feminismo.
São tramas que querem transmitir não a verdade, mas as narrativas ideológicas. Sempre dois pesos duas medidas. Padrões de ação nada comuns à justiça e sua aplicação efetiva.
Sempre justificando o crime e culpando a sociedade honesta e inocente por sua existência.
Se você, meu amigo, quer assistir uma série que fale DE VERDADE como é ser policial, detetive, cidadão de bem, honesto e coerente com uma sã consciência, Chicago PD não é pra você!
Procure outra, e se achar uma boa me indique.
Se não concordar comigo e achar que estou errado, por favor, me convença!
Por que eu escrevi tudo isto, que é um pouco do muito que vi?
Simples! Eles não estão gerando entretenimento para mim e para você. Eles estão com a intenção de inverter valores. Confundir as mentes daqueles que querem relaxar e se divertir assistindo uma série.
Pessoas do bem querendo te convencer que o mal é heróico!
Abra os olhos!