Das séries que estão no ar atualmente, Bates Motel, é uma das poucas que vc pensa duas vezes em assistir o próximo episódio. Não pela falta de qualidade, mas pela apreensão psicológica que nos acomete (pelo menos aos sensíveis aos psicóticos assassinos). Só de imaginar que essa é a juventude do Norman do filme Psicose (Psycho de Alfred Hitchcock), e o que é retratado é o seu desenvolvimento psicótico, dá muito o que pensar do que vem pela frente.
Só por isso já vale a pena assistir o seriado.
Realmente, há muitos furos de roteiro e os conflitos, na maioria os secundários, são resolvidos quase de forma mágica no geral - como a maioria esmagadora das séries que usam o curto tempo de produção e reprodução como desculpa para utilizar esses truques mágicos -, mas isso não tira o foco da essência do seriado: seu relacionamento com a mãe (Vera Farmiga), que, pelo menos na temporada 1, demonstra muita influência pelo comportamento "estranho" de seu filho. Nada de novo para quem assistiu o filme que originou a série.
Vale a pena assistir, começarei a segunda temporada (estou meio atrasada) agora, e acho que a premissa da série - sua psicose - nos dará ainda muito mais momentos tensos que a primeira temporada, que foi feliz em passar aos telespectadores (pelo menos alguns) uma sensação não muito confortável do personagem principal.