Pra quem gostou do filme de 1960, e assistiu a releitura de 1998, torceu para que essa série não desapontasse como a versão de 1998 fez.
Quando a série foi iniciada, foi-se vendido que seria um prelúdio contemporâneo, contudo, se você acompanha a série até o fim, pode observar muitos dos elementos do filme, especialmente na última temporada, onde realmente há um desfecho na história, e bem diferente do filme, além de uma das cenas mais clássicas ser completamente diferente do que o filme nos apresentou. Eu, particularmente, fiquei um pouco frustrado com a alteração, mas como a série entrega tudo muito bem, essa frustração logo passou.
No filme, vamos Norma Bates, a mãe de Norman, assassinar Marion Crane no chuveiro, na clássica cena com a faca e a sombra, e apenas ao final do filme descobrimos que na verdade era Norman, usando as roupas de sua mãe. Já na série, quem acaba morrendo é Sam Loomis, o amante de Marion. E desta vez, pelas mãos de Norman.
Mesmo com essa questão, o elenco é uma joia deste filme. Todos entregam tudo aquilo que precisávamos ver. Os novos personagens, toda a trama e arco de cada um. Um desfecho inesperado e justo. Eu, com minhas questões pessoais, a cada episódio sentia uma agonia extrema ao ver a relação entre Norma e Norman. Algo anormal e doentio da parte dos dois. Mas isso me levou a querer ver mais e mais, para poder saber no que isso daria. E me surpreende já no final da quarta temporada a morte de Norma, e a esperança de ver, então, o Norman que vimos no filme. E claramente Fred Highmore sabe o que está fazendo.
É uma série que vale muito a pena. Um excelente produção em muitos aspectos.