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    Bates Motel
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    Ayson P. Gomes
    Ayson P. Gomes

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 14 de fevereiro de 2016
    Melhor série de suspense, Bates Motel conseguiu trabalhar em todos os aspectos sem perder o foco. Simplesmente Fantástico <3
    Rosangela V.
    Rosangela V.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da 3 temporada
    5,0
    Enviada em 14 de maio de 2015
    Gostei desta serie Bates Motel, o chato é ter que esperar a 4 temporada.
    Zezé G.
    Zezé G.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da 4 temporada
    5,0
    Enviada em 27 de março de 2016
    Amo a série.Sou super fã.Posso ver uma temporada inteira de uma vez, sem cochilar.E vejo e revejo as que mais gosto "trocentas" vezes.É tudo de bom...
    Valéria Q.
    Valéria Q.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 24 de abril de 2015
    Estou amando essa série, está melhor a cada temporada (assisti às temp. 1 e 2). Depois de Breaking Bad, pra mim essa é a melhor!!!
    Diana R.
    Diana R.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 19 de fevereiro de 2016
    por ser baseado no clássico, A parte de psicose despertou meu interesse e curiosidade na serie, estou gostando muito, parabéns aos criadores .
    Adriane M.
    Adriane M.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 28 de janeiro de 2015
    Entrou no meu top de séries da vida. Sou obcecada por Psicose, pelo filme e pelo livro. A história me fascina. Quando soube que iam fazer uma série baseada nessa história fiquei louca! A série é maravilhosa, tem um enredo fascinante e os atores são espetaculares. Vera e Freddie parecem ter nascido para interpretar Norma e Norman Bates. Se a primeira temporada é boa, a segunda é infinitamente melhor. Estou contando os dias para a terceira temporada!
    Raphael V.
    Raphael V.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da 3 temporada
    5,0
    Enviada em 16 de fevereiro de 2016
    Temporadas 1 e 2 tem na Netflix , esta serie é uma das melhores que ja vi,o problema mesmo é ter que esperar lançar as proximas temporadas.
    Daniel C.
    Daniel C.

    1 crítica Seguir usuário

    Crítica da série
    5,0
    Enviada em 11 de maio de 2016
    Um ótimo enredo, uma historia mt bem contada, te prende a cada episódio que assiste. Isso sem falar no medir ator.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.501 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    Crítica da 3 temporada
    4,0
    Enviada em 13 de outubro de 2023
    TEM SPOILERS!

    Bates Motel (3ª Temporada) 2015

    A terceira temporada de "Bates Motel" é novamente constituída em 10 episódios e foi transmitida pela A&E de 9 de março a 11 de maio de 2015, com exibição às segundas-feiras às 21h.

    Na primeira e na segunda temporada de "Bates Motel" tivemos o início e o desenvolvimento da psicose de Norman Bates (Freddie Highmore). Ou seja, podíamos notar os primeiros indícios do seu lado psicótico, que de fato ainda acontecia em casos mais raros. Nessa terceira temporada esse quadro se agrava ainda mais, ficando cada vez mais específico e tomando uma proporção ainda maior. Norman passa a sofrer apagões mais constantes e passa a ter vagas memórias de suas ações nos momentos desses apagões. É como se ele sofresse para distinguir as criações de sua mente daquilo que realmente aconteceu.

    O primeiro episódio já inicia de forma bastante peculiar com uma cena intrigante do Norman dormindo na cama com a Norma (Vera Farmiga), o que deixa o Dylan (Max Thieriot) incomodado ao presenciar esta situação. E mais bizarro ainda é o fato do Dylan confrontar a Norma sobre o caso e ela simplesmente dizer que acha isso tudo normal. É justamente nessa temporada que passamos a observar um comportamento cada vez mais estranho do Norman com sua mãe. Era como se o Norman sentisse algum tipo de desejo pela mãe, e ela em contrapartida acaba contribuindo para esse seu comportamento. Outro fato intrigante é justamente a cena em que a Norma recebe um telefonema informando que sua mãe havia falecido, e ela fica incomodada mas reage naturalmente como se não se importasse. E é muito curiosos a Norma dizer que não liga para o fato da morte de sua mãe por já ter 20 anos que não fala com ela, porém ela sofre com essa notícia por algum trauma do passado.

    Norman ainda não superou a morte da professora Blaire Watson (Keegan Connor Tracy) e não consegue voltar para a escola, porém sua mãe o obriga. Várias plantações de maconhas da cidade foram queimadas pela narcóticos. Muito estranha essa atitude do Norman em querer namorar com a Emma (Olivia Cooke) agora, depois de tanto tempo. Eu acho que isso foi uma atitude tomada por pena dela, por ela ter informado que sua doença progrediu bastante. Norman decide largar a escola e passar a estudar em casa, sendo uma atitude apoiada pela sua mãe. Emma toda encantada pelo início do namoro também decide seguir os mesmos passos do Norman e também abandona a escola. Uma hóspede misteriosa chega no Motel e deixa o Norman bem impressionado. A garota se chama Annika Johnson (Tracy Spiridakos) e acaba revelando para o Norman que ela é uma garota de programa e está na cidade por causa de uma festa.

    Temos o primeiro mistério da temporada: o desaparecimento de Annika. Como sempre acontece, o desaparecimento da moça levanta uma grande tensão na cidade. O fato do Norman ter retornado para o Motel no carro da moça deixa a Norma com vários pensamentos em relação ao seu filho. Norma vai investigar o local da festa que Annika disse que iria e acaba descobrindo a verdade sobre o Arcanum Club. A relação de Dylan e Caleb (Kenny Johnson), que retornou para a cidade após a morte de sua mãe, não está nos melhores dias. E pra piorar a situação, eles encontram um vizinho bem misterioso. O Xerife Romero (Nestor Carbonell) vai embora do Motel pelo fato da sua casa ter ficado pronta após 3 meses de hospedagem. Norma fica visivelmente chateada com a partida de Romero.

    Como o Norman foi a última pessoa que esteve com a Annika antes de seu desaparecimento, o Xerife Romero decide investigá-lo. Norma hesita quando Romero faz perguntas complicadas a Norman. Norman está sofrendo uma pressão psicológica muito grande da mãe, ao ponto de deixá-lo completamente transtornado. A partir daí temos algumas revelações curiosas na temporada; como o fato do Xerife Romero conhecer o seu adversário para reeleição. Um corpo de uma garota misteriosa foi encontrado boiando em um lago da cidade, o que fatalmente pensaríamos que pudesse ser o corpo de Annika. Mas não era o corpo de Annika, era de outra garota, já que Annika reaparece no Bates Motel gravemente ferida e entrega um pen drive para a Norma e morre ali mesmo em seus braços.

    A cidade de White Pine Bay continua com suas mortes misteriosas. O Xerife Romero investiga as mortes misteriosas de Lidsay e Annika, as duas garotas assassinadas que trabalhavam no Arcanum Club. Segredos enterrados vêm à tona para Caleb e Dylan. Norma decide voltar para a faculdade e acaba conhecendo o professor James Finnegan (Joshua Leonard). James por sua vez acaba se envolvendo com Norma e passa a conhecer um pouco dos seus problemas familiares, o quê ele se arrependeu mortalmente. A relação do Xerife Romero com a Norma tinha tudo para dar certo, mas a constante desconfiança dele sobre ela e o Norman impossibilita essa aproximação. E o fato da própria Norma querer acobertar o filho a todo custo acaba dificultando cada vez mais essa aproximação.

    Em cada temporada temos a figura de um vilão, aquele maioral que dá as cartas na cidade de White Pine Bay. Nessa temporada esta figura é o misterioso Bob Paris (Kevin Rahm). Bob é o dono do Arcanum Club, que dá grandes festas na cidade regado a orgias sexuais e várias personalidades importantes. Mais tarde descobrimos que Bob é o homem responsável pela morte das duas garotas, além de ter colocado um concorrente ao posto de Xerife no caminho de Romero, e ter planejado uma tentativa de assassinato do próprio Romero. A principal subtrama da temporada consiste no Bob Paris em resgatar aquele pen drive que a Annika deu para a Norma em seu leito de morte. Este pen drive possui um conteúdo sigiloso que envolve todo o reinado de Bob Paris na cidade.

    Por outro lado, Dylan faz uma tentativa de pedir para a Norma considerar falar com seu irmão Caleb. Esta tentativa não deu certo, já que a Norma ficou revoltada e acabou saindo de casa. Norma realmente considera uma vida fora de White Pine Bay, deixando Norman em uma posição vulnerável. Com a saída da Norma de casa, Norman ficou completamente transtornado, o que aproximou Dylan e Emma quando ambos se uniram para ajudar o Norman. O Xerife Romero descobre sobre a sua tentativa de assassinato e assim ele consegue ir atrás do seu concorrente no cargo de Xerife e matá-lo (uma cena espetacular, diga-se de passagem). Norma se encontra totalmente desequilibrada e perdida emocionalmente. Aquela cena com ela indo até o Caleb e o perdoando diz muito a respeito.
    Preciso destacar uma cena do sexto episódio: que é a cena com a Norma chegando na agência de carros e pedindo para trocar seu carro. Logo me lembrou a mesma cena que aconteceu no filme clássico de 1960.

    Com a aproximação de Dylan e Emma, ele acaba descobrindo notícias chocantes sobre a saúde de Emma. Emma precisa de um transplante de pulmão urgente ou poderá morrer e Dylan está tentando ajudá-la. Caleb e Dylan aceitam um trabalho que envolve certo risco. Dylan pretende vender toda a entrega de maconha para o transplante de pulmão da Emma. Incrível como Norman sente ciúmes das pessoas que a Norma dorme, como ele implica com ela, sente desejos sexuais por ela, e ainda olha seu corpo de relance.

    Surpreendendo um total de zero pessoas, Bradley Martin (Nicola Peltz) está de volta. Esta volta de Bradley na série é bem questionável, e ela volta a atormentar o Norman com as suas loucuras. Dylan dá 50 mil dólares para o pai da Emma para a sua cirurgia. Emma tem uma reação surpreendente a notícias aparentemente positivas sobre sua chance de fazer o transplante de pulmão, mas ela não sabe que foi o Dylan que pagou. Parece rolar uma química entre o Dylan e a Emma, e finalmente rola um beijo entre eles. Eu acho que o Dylan se mostrou muito mais preocupado com o estado de saúde da Emma do que o Norman. Disto isto: eu prefiro muito mais o casal Emma e Dylan do que Emma e Norman.

    Norma chega ao limite com os problemas de Norman e decide que quer interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No final da temporada temos a morte de Bob Paris pelo Xerife Romero. Também temos Norman em um estado psicótico quando incorpora sua mãe e mata a Bradley. No final Norman faz exatamente como no filme clássico: ele coloca o corpo da Bradley no porta-malas do carro e o empurra até um lago. E assim termina a terceira temporada de "Bates Motel".

    Um dos principais problemas das temporadas anteriores era exatamente na questão do roteiro, por querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver bem nenhuma. Especificamente nessa temporada não temos este problema relacionado ao número de histórias paralelas desnecessárias. Temos algumas subtramas, é claro, como no caso do Bob Paris e sua incansável busca pelo pen drive. Que sim, foi uma história paralela bem desnecessária e totalmente cansativa, por se repetir demais. Mas eu confesso que no geral esta terceira temporada é mais direta ao ponto, é mais centrada na trama principal, que é justamente o desenvolvimento tóxico do Norman e da Norma. A história principal de "Bates Motel" tem uma alavancada nessa temporada justamente pelos problemas mentais de Norman se aflorarem e ele ficar cada vez mais descontrolado.

    Porém, o excesso de personagens desnecessários é um ponto que me incomoda bastante na série. Nessa terceira temporada não é diferente, temos vários personagens desnecessários, que são trazidos para a série apenas para servirem de muletas para o desenvolvimento de uma história de um personagem principal da série. Como no caso das personagens Lidsay e Annika, e aquele postulante ao cargo de Xerife da cidade, que serviram de muletas para o encaixe do personagem Bob Paris na temporada. Bob Paris por sua vez é mais um personagem desnecessário que mantém aquele legado de vilão de temporada que é sempre morto no final. Na primeira temporada foi o Jake Abernathy (Jere Burns), na segunda temporada foi o Nick Ford (Michael O'Neill) e nessa temporada é o Bob Paris.
    Uma personagem que foi extremamente importante na série, que teve a sua época, e que foi trazida de volta nessa temporada se tornando uma personagem completamente desnecessária, é exatamente a Bradley Martin. Quando a Bradley foi embora da cidade o seu retorno era só questão de tempo, e eu tinha certeza que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Bradley teve o seu auge e a sua relevância nas temporadas passadas, principalmente na segunda temporada, mas a sua volta nessa terceira temporada foi completamente infundada e desnecessária, servindo apenas para compor mais uma morte do Norman. Eu não duvido nem um pouco se nas próximas temporadas não irão trazer de volta a Cody Brannan (Paloma Kwiatkowski) para servir de vítima para o Norman.

    Sobre o elenco:
    Vera Farmiga como sempre é o principal destaque da temporada e da série. Em cada temporada é cada vez mais notável o seu crescimento e o desenvolvimento impecável de sua personagem Norma Louise Bates.
    Freddie Highmore só cresce na série cada vez mais. Incrível como o Freddie vem em uma constante crescente, em uma constante evolução, que só melhora e nos surpreende em cada temporada. Especificamente nessa temporada a dupla Vera Farmiga e Freddie Highmore estão com mais sintonia e com mais química, cujo as cenas onde ambos estão contracenando juntos é tomada por um forte clima de tensão e desconforto para nós espectadores.
    Max Thieriot ganha mais espaço na trama e logo seu personagem ganha mais destaque pelo o local que ele ocupa na série.
    O mesmo vale para o Nestor Carbonell, que também se destaca em razão da importância que seu personagem tem com os vários problemas que surgem ao longo da temporada.
    Olivia Cooke continua na mesma linha da temporada passada, com uma participação mais contida, mas eu confesso que fiquei bastante animado com as possibilidades da personagem para a quarta temporada. Já que agora temos uma aproximação da Emma com o Dylan e logo ela fará o transplante de pulmão.
    Kenny Johnson finalmente consegue conquistar o seu espaço na série, e algo me diz que ele será importante nas próximas temporadas.
    E pra finalizar o elenco, Nicola Peltz, que voltou para a série apenas para compor o final da temporada com o Norman liberando toda a sua fúria e descontrole do seu lado psicótico.

    A terceira temporada de "Bates Motel" recebeu 72 de 100 da Metacritic, com base em 5 críticas de críticos de televisão, indicando "críticas geralmente favoráveis". O Rotten Tomatoes relatou que 11 das 12 respostas críticas foram positivas, com média de 92% da classificação." O episódio de estreia da temporada atraiu um total de 2,14 milhões de telespectadores. Por suas atuações nesta temporada, Vera Farmiga e Freddie Highmore foram indicados ao Critics' Choice Television Awards de Melhor Atriz e Melhor Ator em Série Dramática, respectivamente. A terceira temporada ficou em quarto lugar na lista de final de ano dos principais programas ao vivo + 7 dias da Nielsen, ganhando uma média de 201,8% de espectadores em DVR.

    Tecnicamente a temporada também se destaca:
    A trilha sonora é boa e agrega bastante na história. A fotografia se sobressai em cada cena apresentada. A direção de arte é muito bem representada. A edição é muito boa, assim como a mixagem de som. Cada detalhe técnico conta muito para a qualidade da temporada e consequentemente da série.

    A terceira temporada de "Bates Motel" melhora em relação as temporadas anteriores. E muito dessa melhoria se dá exatamente por focar mais na trama central e deixar um pouco de lado as inúmeras histórias paralelas e desnecessárias. A temporada também se sobressai na questão da construção e no desenvolvimento do Norman Bates, que se mostra cada vez mais psicótico e insano, que vai perdendo o seu autocontrole gradativamente com o passar do tempo. No começo o Norman se mostrava assustado e coagido pelos seus apagões e a sua dupla personalidade, agora ele já parece dominar o seu caráter imprevisível, dúbio, e parece cada vez mais a vontade ao explorar a sua mente psicótica.
    Esta temporada é também a responsável em nos elucidar sobre o comportamento e as atitudes da Norma Bates em relação ao seu filho. Que logo nos mostra quem é a verdadeira personalidade psicopata da história.

    Acredito que agora a série irá crescer cada vez mais nas próximas temporadas. Potencial sempre teve, só não estava sendo totalmente explorado. [12/10/2023]
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.501 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    Crítica da 1 temporada
    4,0
    Enviada em 7 de setembro de 2023
    TEM SPOILERS!

    Bates Motel (1ª Temporada) 2013

    "Bates Motel" foi criado por Anthony Cipriano e desenvolvido por Jeff Wadlow (diretor de "Quebrando Regras", de 2008), Carlton Cuse (produtor da série "Jack Ryan"), Kerry Ehrin (roteirista da série "The Morning Show"), e é produzido pela Universal Television e American Genre para a rede de TV a cabo A&E. A primeira temporada foi ao ar em 18 de março de 2013 com 10 episódios.

    A série é vista como uma "prequela contemporânea" do clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock, de 1960 (baseado no romance homônimo de Robert Bloch, de 1959), que retrata a vida de Norman Bates (Freddie Highmore) e sua mãe Norma (Vera Farmiga) antes dos eventos retratados no filme, embora em uma cidade fictícia diferente (White Pine Bay, Oregon, em oposição a Fairvale, Califórnia) e em um cenário moderno.

    Após a misteriosa morte de seu marido, Norma Bates decidiu começar uma nova vida longe do Arizona, na pequena cidade de White Pine Bay, e leva o filho Norman, de 17 anos, com ela. Ela comprou um velho motel abandonado e a mansão ao lado.

    Estre ano eu finalmente consegui realizar um antigo desejo, que era ler a obra-prima de Robert Bloch, rever o clássico do mestre Hitchcock e assistir todos os filmes subsequentes da franquia "Psicose". Posso dizer que foi uma experiência incrível, uma das maiores experiências que eu já vivi em toda a minha vida literária e bibliófila. O livro é magnífico, excelente, uma verdadeira obra-prima da literatura sombria e um dos melhores livros que eu já li na vida. Já o clássico de 1960 fala por si só, simplesmente por ser um dos maiores suspense de toda a história do cinema, que foi conduzido justamente pelo mestre do suspense. Os filmes subsequentes não estão no mesmo nível, não estão na mesma prateleira do livro e do clássico. Eles seguem histórias próprias, paralelas e até continuações dentro do universo de "Psicose". O que pode até ser interessante, ou simplesmente horroroso, como é o caso do remake de 1998. E logo após ter lido o livro e assistido todos os filmes da franquia "Psicose", chegou a vez de conferir a série "Bates Motel", que também faz parte do universo e nos conta uma história sobre o início de tudo. Algo parecido com o que foi feito no filme "Psicose 4: O Começo", de 1990.

    A série é bem intrigante e ao mesmo tempo interessante, pois obviamente ela constrói toda uma abordagem sobre o universo de "Psicose" servindo justamente como um prelúdio do clássico ao nos mergulhar naquela trama que futuramente irá nos nos contar sobre todo desenvolvimento de Norman Bates. Ou seja, a trama nos levará ao lado sombrio e psicótico entre a infância e a adolescência de Norman, explicando como o amor incontrolável de sua mãe ajudou a moldar um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema.

    O primeiro episódio já inicia de modo surpreendente com uma pessoa morta. Esta pessoa é simplesmente o pai de Norman, que está ali morto na garagem de forma bastante misteriosa (ou não, como vemos mais à frente na temporada). Logo após este início já temos um salto no tempo de 6 meses e chegamos até a cena da Norma chegando em seu mais novo Motel. O seu novo empreendimento antes tinha o nome de Seafarer's Motel, e em uma cena bem interessante vemos a troca do letreiro para Bates Motel. Por sinal a réplica que foi construída do Motel e da casa ficou excelente, com uma fidelidade ao clássico incrível. Este primeiro episódio já é um dos melhores da temporada por já nos confrontar com aquela sequência que vai desde a chegada do ex-proprietário do Motel (Keith Summers, interpretado por W. Earl Brown), passando pela invasão na casa, o estupro na Norma e a sua morte. Onde aconteceu em um momento de fúria incontrolável de Norma quando o esfaqueou brutalmente até a morte (por sinal, uma excelente cena). O episódio termina de forma intrigante ao revelar uma certa garota aprisionada.

    O segundo episódio é muito revelador e diferente, eu diria. Simplesmente por acrescentar na trama a presença de Dylan Massett (Max Thieriot), o filho mais velho de Norma e meio-irmão de Norman. Pelo o que me consta, tanto pelo livro quanto pelo clássico sessentista, o Norman não tinha um meio-irmão assim dessa forma como foi abordado na série. Bem, achei interessante esse contexto trazido para a série. O episódio segue com os dramas e as aflições de Norman ao tentar se introduzir na nova cidade e conhecer novas pessoas. Como é justamente o caso do seu primeiro interesse - a jovem Bradley Martin (a belíssima Nicola Peltz). Aqui também fica claro que Norman tem muitos ciúmes da mãe e da forma como as pessoas se referem à ela. Até por isso vemos os constantes conflitos de Norman com Dylan.

    O terceiro episódio segue mergulhado no mistério e no suspense pelo fato da polícia está no encalço da Norma pelo suspeita referente ao desaparecimento de Keith Summers. Aqui já temos vários envolvimentos na história; como é o caso do antigo dono do Motel parecer ter ligações com as garotas chinesas desaparecidas que está sendo investigada pela Emma Decody (Olivia Cooke). Logo essa ligação com o desaparecimento das garota cai sobre o policial Zach (Mike Vogel), pelo fato do Norman ter invadido sua casa procurando pelo cinto de Keith Summers, e ter sido confrontado com a garota oriental presa em seu porão.

    A partir do quarto episódio temos cada vez mais revelações e acontecimentos surpreendentes. Norma está envolvida em uma verdadeira bola de neve, ao estar envolvida com o policial Zach como uma forma de se safar das investigações sobre a morte de Keith Summers. Por outro lado ela se recusa a acreditar em Norman sobre a possível garota presa no porão da casa de Zach. O que a leva a entrar em transe e levantar suspeitas sobre o estado mental e a sanidade de Norman com esta descoberta bizarra. Temos aqui a primeira transa de Norman, que aconteceu com a Bradley, e a prisão de Norma pelo assassinato de Keith Summers.

    A história segue em uma verdadeira teia de aranha com cada vez mais confrontos: a garota oriental que era mantida como escrava sexual de Zach é encontrada e levada para o Motel. Zach por sua vez encontra a garota em um dos quartos do Motel e corre atrás dela pela floresta (não foi revelado, mas ao que tudo indica ele matou a garota). Logo após temos mais uma ótima sequência de cenas, que é todo confronto de Zach com a Norma e o Dylan na casa. O que termina brutalmente com um tiro no olho de Zach disparado por Dylan.

    O desfecho do assassinato de Zach proposto pelo Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell) é tudo muito suspeito. Por fim temos a aparição de um hóspede misterioso no Bates Motel, que parece saber demais. Já o Norman passa a enfrentar as complicadas garotas populares e o descaso da Bradley com ele. Essa é um situação bem complicada: a Emma é apaixonada pelo Norman e vive correndo atrás dele, já ele se rasteja pela Bradley e ela passa a desprezá-lo. Sem falar que é tudo muito estranho essa repentina aproximação da Bradley com o Dylan.

    No oitavo episódio é onde o Norman desperta o interesse pela taxidermia (animais empalhados), com o pai da Emma. No filme clássico temos toda a dimensão desse amor que ele tem por essa arte. Norma está mais preocupada com a possível construção da nova estrada principal, o que vai mudar o trajeto das pessoas que passariam pelo seu Motel. A relação de Norma e Dylan parece melhorar. O episódio termina com aquele cadáver do Zach na cama da Norma.

    O nono e o décimo episódio é a construção (e ligação) do fechamento dessa temporada. Norma sofre com as constantes ameaças de Jake Abernathy (Jere Burns), o hóspede misterioso. Norma decide que quer vender o Motel e recomeçar a vida novamente no Havaí, mas o Norman não quer ir. Norman por sua vez está cada vez mais apegado na cadela empalhada. E temos aquela cena onde a Norma vai ao encontro de Jake e é surpreendida pelo Xerife Alex confrontando justamente o Jake. Que termina com o Xerife dando um tiro em Jake.

    Sobre o elenco:
    Vera Farmiga (atualmente em cartaz nos cinemas em "A Freira 2") é sensacional, é sem dúvida a principal e mais destacável da série. É realmente impressionante como a Vera escolhe bem as suas personagens e sempre eleva o nível em cada trabalho apresentado. Em "Bates Motel" ela se encaixa como um luva na pele da Norma Louise Bates mais jovem. Ela traz esse lado mais jovial da mãe do Norman, que pretende recomeçar sua vida após os recentes acontecimentos, que mantém os seus dramas e os seus conflitos íntimos, justamente ao confrontar os seus traumas em relação à criação do jovem Norman.

    Já o Freddie Highmore ("The Good Doctor") é outro que também se encaixa como uma luva na pele da versão adolescente do lendário Norman Bates. Caracteristicamente falando, o Freddie traz uma versão impecável do Norman jovem, que está se descobrindo, que está se conhecendo, que está conhecendo o mundo ao seu redor e as pessoas (e principalmente as garotas) ao seu redor. O Norman de Freddie pode soar como inocente, inexperiente, indefeso, tímido, ao mesmo tempo também soa como misterioso, enigmático, introspectivo e principalmente letal - como vimos na cena final do décimo episódio com aquele assassinato brutal da Srta. Watson (Keegan Connor Tracy).

    Max Thieriot ("SEAL Team") começa em um ritmo mais morno em seu personagem Dylan, até pela forma como ele entra na série. Porém, com o passar dos episódios vamos nos afeiçoando à ele, vamos conhecendo ele melhor, vamos entendendo melhor os seus dramas e seus traumas. No fim da temporada ele já passa a ser um personagem que nos importamos.
    Nicola Peltz ("Transformers: A Era da Extinção") traz uma personagem que faz o caminho inverso do Dylan. A Bradley Martin é uma personagem que eu até simpatizei no início, que eu acreditava no seu drama em relação a terrível morte de seu pai, porém com o tempo eu fui começando a questionar as suas atitudes com o Norman e principalmente a sua aproximação com o Dylan. No fim ela não passou de uma patricinha mimada que usou o Norman no momento em que ela estava frágil e vulnerável.
    Olivia Cooke ("Jogador Nº1") com sua personagem Emma Decody me fez vê-la ao inverso da Bradley. Justamente por ela se apegar verdadeiramente ao Norman, por ela realmente criar um amor verdadeiro por ele, que realmente se importava com ele e não queria só usá-lo. Por fim ela vivia correndo atrás do Norman na intenção dele notar a presença dela, e ele não tirava a Bradley da cabeça. O que uma transa não faz!

    "Bates Motel" acerta muito bem no suspense, no mistério, no enigmático e na construção do drama. Acredito que em si a história é sobre o amor incondicional de uma mãe por seu filho. Temos um relacionamento que é explorado através da premissa de que o jovem é excessivamente temperamental e ambos estão cercados por um ambiente com problemas, que os conduz ao extremo. No caso, cada um ali presente tinha os seus medos, os seus traumas, os seus conflitos e os seus dramas. Principalmente no caso da Norma e do Norman, que ora pareciam muito próximos e apegados, ora pareciam distantes e completamente diferentes.

    Porém, tem alguns pontos dentro dessa temporada que me incomodou bastante: como o fato da história ser modernizada para a atualidade e se passar em um cenário moderno, onde temos os avanços tecnológicos como o uso constantes de notebooks e afins. Eu até entendo esse avanço na modernização da série, até para se encaixar com o público atual, mas particularmente eu não consegui engolir e me adaptar com essa proposta dentro do universo de "Psicose" (algo parecido com o que me aconteceu com a versão modernizada do filme "Carrie - A Estranha", de 2013).
    Outro ponto que me incomodou (aqui eu já acho uma falha mesmo da série), é o fato de cada história ser mal desenvolvida, mal planejada, vaga, rasa, pobre, sem um aprofundamento que pudéssemos sentir o peso de cada acontecimento de cada personagem envolvido. Por exemplo: temos três personagens com histórias distintas que começou e terminou nessa temporada, e de forma totalmente rasa e aleatória. Que é o caso da personagem Jiao (Diana Bang), a garota presa no porão, o Zack Shelby e o Jake Abernathy. Sinceramente eu não sei o que os roteirista pretendiam, mas acredito que eles queria impactar, queriam nos surpreender com mortes repentinas quando não estivéssemos esperando, com de fato aconteceu. Eu entendo o fato de não quererem construir uma temporada ou mais elaborando subtramas e desenvolvendo histórias paralelas com a trama central, mas você não pode simplesmente jogar vários personagens em uma série, tentar construir uma história diferente pra cada um, onde você desperta o interesse do espectador, e simplesmente decidir matar o personagem assim do nada, só pra gerar impacto sem a mínima coerência. Eu achei um erro grotesco do roteiro da série.

    Tecnicamente a série é muito boa!
    Acredito que a direção de arte é o principal destaque aqui, e muito por construir cenários fiéis com o clássico e encaixá-los com harmonia na forma moderna adotada pela série. A fotografia é bem destacada, bem organizada, muito bem projetada em cada cena. Assim como a trilha sonora, que acompanha bem a série em sua versão modernizada.

    "Bates Motel" é a série dramática com roteiro original de maior duração na história do canal A&E. Os atores principais da série, Vera Farmiga e Freddie Highmore, receberam elogios especiais por suas atuações na série, com a Vera recebendo uma indicação ao Primetime Emmy Award e ganhando o Saturn Award de Melhor Atriz de Televisão. A série também ganhou três People's Choice Awards de Drama Favorito de TV a Cabo e de Atriz Favorita de TV a Cabo (Vera Farmiga) e Ator (Freddie Highmore).

    A primeira temporada recebeu críticas positivas dos críticos: no Metacritic, a temporada detém uma pontuação de 66 em 100, com base em 34 críticos, indicando "críticas geralmente favoráveis". No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, a temporada tem uma classificação de 84% "fresco certificado" com uma pontuação média de 7,11/10, com base em 43 resenhas. O consenso crítico do site diz: "Bates Motel utiliza manipulação mental e táticas de medo de suspense, além de um trabalho de personagem consistentemente nítido e relacionamentos familiares maravilhosamente desconfortáveis".

    A primeira temporada de "Bates Motel" é muito boa, muito bem apresentada, com um início bastante cativante, onde conta com um ótimo elenco e ótimas apresentações. Acredito que a temporada deixa muito a desejar no quesito roteiro, por querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver e não finalizar nenhuma com coerência e relevância. Porém, ainda assim eu acredito que a série tem potencial para desenvolver melhor os roteiros das próximas temporadas e entregar uma série que no fim honre o nome de uma das maiores franquias de suspense de todos os tempos - "Psicose". [03/09/2023]
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