Minha conta
    Marco Polo
    Críticas dos usuários
    Críticas da imprensa
    Média
    4,2
    68 notas
    Você assistiu Marco Polo ?

    4 Críticas do usuário

    5
    2 críticas
    4
    1 crítica
    3
    1 crítica
    2
    0 crítica
    1
    0 crítica
    0
    0 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Ricardo M.
    Ricardo M.

    13.090 seguidores 697 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 6 de agosto de 2016
    Além da Rota da Seda.

    Cada vez mais ampliando seu espaço e, porque não dizer, seu acervo, a norte americana Netflix tem se consolidado como uma das maiores fornecedoras e produtoras de conteúdo via streaming. Várias de suas obras extrapolam o conceito de TV tradicional que, assim como emissoras pagas, tem investido pesado na qualidade de seu produtos, algo que pode ser notado na adaptação desta curiosa série Marco Polo.

    O protagonista, que dá nome a série, é o italiano Marco Polo (Lorenzo Richelmy ). Nascido na cidade de Veneza no século XIII, ele é conhecido historicamente por ser um dos primeiros a cruzar a conhecida Rota da Seda, algo que deu a ele notória fama por trazer, pela primeira vez, informações sobre o oriente, em especial da China e do imperador mongol Kublai Khan.

    A série da Netflix faz uso da diversos relatos verídicos para adaptar à narrativa da série, Polo inicia suas viagens com o pai e tio pela famigerada Rota da Seda, durante seu trajeto, o protagonista já mostra suas habilidades ao registrar em diário o que vê, tanto em detalhes quando em lendas, algo que o faz desenvolver bem suas capacidades de argumentador. Ao fim do trajeto, o trio chega à fortaleza do rei Kublai Khan (Benedict Wong), um homem rígido às tradições ancestrais, mas curioso pelos riscos de ampliar seu império, não só pelas riquezas, mas também pela capacidade de consolidar diversas culturas e religiões sob seu domínio.

    No enredo, Polo é deixado pelo pai Niccolò Polo (Pierfrancesco Favino) e pelo tio Maffeo Polo (Corrado Invernizzi) para garantir não somente sair das terras mongóis com vida, mas também pela certeza de que voltariam, uma vez que Marco serviria como uma espécie de garantia pelos negócios administradores por Kublai. A partir do momento em que Marco torna-se um "servo" da dinastia Khan, começamos a fazer parte de uma série de maquinações, articulações e desenvolvimentos políticos em busca da supremacia mongol. Muito disso com base nas ameaças de guerra, argumento este muito fortalecido devido a herança dos Khans, que não se sujeitavam sequer a mediocridade, almejando sempre o domínio completo.

    A contraparte chinesa que não aceita ficar sob o controle está na cidade de Xiangyang, cujos limites são cercados por uma gigantesca muralha, praticamente intransponível. No controle está o vilão Jia Sidao (Chin Han), um homem frio e perverso, capaz de qualquer ação que vise manter a cidade fora do controle de Kublai, mesmo que isso implique a morte de pessoas importante para a cidade.

    A narrativa se desenvolve justamente nesse contexto que visa mostrar as tentativas infindáveis em manter a soberania dos Khans, evidentemente com uma grande margem para desenvolvimento de personagens e detalhes, já que a série possui 10 episódios com média de 52 min cada.

    Talvez um dos pontos mais atrativos desta cria de John Fusco seja a ambientação... é simplesmente belíssima a retratação oriental, desde adereços, construções, figurinos, pinturas, materiais de guerra e toda uma quantidade de elementos que beira a eloquência visual. Os departamentos responsáveis por estes elementos merecem um grande respeito pelo trabalho desenvolvido, pois muitas vezes parece que estiveram vivendo aquele período de tão impressionante visualmente.

    Não se pode deixar de destacar também a tratativa dada ao realismo social daquela época, período no qual a violência e as diferenças sociais pairavam nítidas, principalmente econômica. Sexo e mulheres também são considerados como habituais no cotidiano, mas apenas como parte da monarquia, que considerava as mulheres objetos e moedas de troca política para alianças. Algumas se mostram importantes naquele ambiente, como o caso da imperatriz Chabi (Joan Chen), uma boa articuladora que aproveita seu espaço com certa notoriedade e perspicácia, principalmente com a grande proximidade que dispõe de seu marido e neto de Gengis Khan.

    Embora exista um elenco grandioso que busca certa variedade ao longo da temporada, certamente o único que merece destaque é Chin Han, pois ele faz de seu personagem Jia Sidao a existência plena da maldade e crueldade em busca de interesses pessoais. Sua frieza jamais contrasta com suas ações, que não polpam ninguém, nem mesmo pessoas do exército pessoal ou familiares. Han é de uma capacidade incrível em manter suas falas e olhares com um ímpeto ao mesmo tempo amedrontador e simpaticamente falso, merece ser ovacionado pela interpretação.

    Há outros personagens interessantes também, como é o caso do treinador Cem Olhos (Tom Wu), que vai além de seus dotes marciais para se mostrar importante; príncipe Jingim (Remy Hii), filho legítimo de Kublai, mas um arrogante e falho membro da dinastia; entre outros que ajudam a moldar a história.

    MARCO POLO - SEASON 1 tem potencial para se diferenciar das produções tradicionais de época, haja vista seu extenso acervo histórico usado na produção, tanto narrativamente quando tecnicamente. Decerto que faltou ousadia no roteiro, que por diversas vezes se arrasta até mesmo na montagem que usa espaços vazios na narrativa para que o episódio tenha a média de duração. Muitas vezes confuso pelo volume de nomes e andamento do enredo, a primeira temporada pode até não ser um exemplo de história e desenvolvimento, mas clama por atenção ao respeito da cultura oriental em seus pormenores.
    Gui Souza
    Gui Souza

    9 seguidores 28 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 27 de fevereiro de 2015
    Marco Polo é uma aposta do Netflix. Uma aposta que visa um estilo diferente de todas as outras séries que o serviço de streaming já fez, focando em uma fantasia medieval.

    Com isso, já temos um possível problema que pode acabar facilmente com uma série, que é seu custo de produção. Apesar de apostar em Marco Polo, não foi feito um investimento tão grande como o de séries como Game of Thrones. Contudo, o resultado é incrível.

    Podemos ver todo o cuidado que a produção teve já com a abertura da série, uma das mais belas dos últimos anos, rivalizando facilmente com aberturas como a de Game of Thrones e True Detective. Há uma arte expressa ali que já nos mostra o que podemos esperar da série nesse quesito, que não deixa a desejar em toda a sua direção de arte.

    Figurinos são detalhados e muito bem escolhidos, representando muito bem a cultura oriental e mongol. As diferenças de vestimenta entre as diferentes cidades do império Genghis são claras, e a própria família real se veste de diversas formas, demonstrando bem a região de onde cada membro do conselho veio.

    Além disso, o próprio cenário enche os olhos. Filmado em diversos países do Oriente Médio, há uma qualidade excepcional na filmagem das paisagens, dando espaço para apreciarmos toda a beleza que a região oferece.

    E, como ponto mais alto da série, temos a direção de fotografia e a coreografia. A série, em seu primeiro ano, já apresenta batalhas de encher os olhos, sendo muito melhores que várias batalhas que vimos nesta última temporada de Game of Thrones. Alguns momentos são de tirar o fôlego, como as cenas de kung fu (especialmente as do segundo e último episódios) e as batalhas, fossem elas entre exércitos ou entre apenas dois irmãos disputando o poder.

    Como recheio disso, temos a história de Marco Polo. Acompanhamos o jovem explorador sendo deixado para Kublai Khan, neto do grande Genghis Khan, para ser seu servo. A partir daí, temos todo um desenrolar da guerra entre Kublai e a região de Xiangyang, do império Chinês. Temos aqui todas as características das séries de fantasia adultas atuais. Temos a disputa pelo poder e por um trono, as guerras e traições que seguem essas disputas, com direito a sangue, sexo e muitas personagens cheios de tons de cinza em sua personalidade. Um dos pontos da história é que, se você pensar, não existe um real vilão ali, ao menos nessa temporada. O mais próximo que chegamos disso é o próprio Kublai Khan. Ele que ataca as cidades, que busca domínio de tudo. E, como estamos do lado dele (através de Marco), não o vemos tanto como esse monstro que parece ser se visto de fora. São muitas as personagens interessantes e profundas que acompanhamos durante os 10 episódios lançados. Com o passar da temporada, você se verá criando apego por diversos deles, pelas mais variadas características, mas com alguns haverá aquela aversão clara, ou, ao menos, uma desconfiança.

    Marco Polo é uma série singular. Ela explora uma cultura inédita nas séries, com um elenco predominantemente oriental (o que torna tudo mais real e diferente), e um respeito fortíssimo pela cultura que representa. É uma bela obra do Netflix, que o surpreenderá e o deixará sedento por mais.
    Diego J.
    Diego J.

    7 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 18 de dezembro de 2014
    Excelente produção, enredo interessante e intrigante, consegue te cativar para assistir do início ao fim (vantagens do Netflix), sem falar no contexto histórico. Qualidade de cenários, vestuário dos personagens, tudo muito bem realizado. O único ponto negativo são as semelhanças contextuais com a aclamada série Game of Thrones, pois diversos aspectos na série funcionam como um "dejavu", mas cheguei ao final da temporada com muito interesse em assistir a segunda.
    Vanderlan F.
    Vanderlan F.

    6 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de janeiro de 2015
    Sensacional, a série além de empolgante o conteúdo é extremamente criativo.
    Back to Top