Quando conheci Jessiquinha (já na intimidade), foi em sua primeira HQ, ALIAS, criada por Brian Bendis e Michael Gaydos em 2001 e me apaixonei pelo que li! Pertencente ao selo MAX da Marvel, (ou seja, apenas para maiores de 18 aninhos, pois possui muita violência, sexo hardcore, álcool, mais sexo, mais álcool e mais e mais violência) tínhamos uma mulher com superpoderes, nada frágil ou sentimentalista, que só queria ganhar uns trocados para viver, trabalhando como uma detetive particular e, nas horas vagas, ser mulher! E todo o arco das histórias em quadrinhos foi muio bem elaborado, desenhado e escrito. A sra. Jones deixava de ser uma desconhecida para este Portuga e muitos outros fãs de comics. E quando a Netflix anunciou a série da mesma, poxa, nem pensei duas vezes em assistir, também, depois do que vi em DEMOLIDOR, eu tinha certeza que seria um SUUUUUCESSO! Mas.....errei! Carma, eu sei que a cada dez pessoas, oito gostaram e muito, mas quando me referi ao "suuuuucesso", quis dizer que seria uma obra mais fiel aos quadrinhos como a do Homem Sem Medo (Demolidor) e não é. A adaptação parece a propaganda do absorvente Sempre Livre: livre, leve e solta. Sim, temos violência. Sim, temos álcool. Siiiiim, temos sexo! Mas tudo ponderado (bom, em relação aos "drinks", até que não é tããão ponderado, fico até bêbado de lembrar o quanto a sra. Jones bebia). E muitas coisas inspiradas de ALIAS, são totalmente modificadas para a televisão. Ficou ruim? Não, mas também não chega aos pés do produto original. Um dos personagens mais alterados foi o vilão Homem-Púrpura (o Kilgrave) que permaneceu só com o sobrenome e o dom de controlar as pessoas. E arrisco em dizer que devido a este personagem, que a primeira temporada de JJ é de prender a atenção. O trabalho do ator David Tennant está espetacular!!!! Já a atriz principal, a exótica Kristen Ritter, até que capta a essência de nossa protagonista (Jéssica), mas muitas vezes é ofuscada por Tennant. O ator Mike Colter, que faz o "par romântico" de Ritter (o Luke Cage), até que está bem para o que lhe é dado para fazer, mas também fica sobre as sombras do Tennant. A abertura do seriado é animal, lembrando muito a arte conceitual das HQs! Já o enredo.......... Devido a "livre, leve e solta" forma de se fazer todo o roteiro, temos muitos erros, tanto de produção, Efeitos Visuais e história. A trama principal até que é um thriller psicológico interessante e traz situações (boas ou não) do mundo feminino, mas as subtramas não convencem e até algumas desnecessárias. O romance "selvagem" entre Jéssica e Luke são fiéis as páginas dos gibis, mas não tão intenso e explícito. O que mais me intrigou, foram os poderes da protagonista e de seu love, muito mal apresentados ou explorados, pois uma hora é "super força ativar" e outra "cadê, sumiu?". E fora que a "minha" Jessica voa e não dá uma de Superman no começo da carreira (super pulos). Ponto positivo para o easter egg (tecla sap: seria mais ou menos como uma referência ou homenagem) sobre o uniforme de JJ! E toda a sinergia entre os atores dá uma certa carisma na série a ponto de queremos ver o que vai ser de uma possível segunda temporada e sendo assim, que os roteiristas aprendam com seus deslizes e façam algo digno de Jessica Jones. Pow, quem não gostaria de um CSI com uma super heroína que adora beber e fazer "nhec nhec" usando os homens como puro alívio de stress?...