Na terceira temporada de VIKINGS, o agora rei Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel) tem por propósito ampliar seus domínios e conquistas enquanto líder viking. Para tanto, ele traça dois objetivos, o primeiro em solo inglês, ajudando o rei de Wessex King Ecbert (Linus Roache) a liberar Mercia deixando-a sob domínio da coroa; e em segundo plano buscar um novo horizonte de conquistas, que neste caso relaciona-se com a ultraprotegida Paris; Ragnar tem, além dos interesses de líder, alguns pessoais que serão testados a exaustão ao longo dos 10 episódios dessa temporada.
VIKINGS sempre foi reconhecida e cortejada pela capacidade técnica em realçar detalhes históricos, sejam na narrativa ou nos figurinos/adereços. No primeiro elemento voltado aos detalhes históricos, muito se vê da cultura, costumes e crenças que ficam exaltados a cada novo momento; quanto aos aspectos visuais, o figurino e adereços usados em cena são fantásticos, realçados pela bela fotografia que abusa das lindas locações que a série sempre soube aproveitar. Ainda no quesito técnico, nota-se uma melhora considerável na direção das sequências de ação, agora mais consistentes, numerosas e grandiosas, em especial a invasão a Paris, complexa e bem montada.
No entanto, a série nunca primou por um roteiro complexo e bem elaborado, algo bem evidente nesta terceira temporada. Há aqui as maquinações de interesse político, reviravoltas que visam usurpação, descrédito de conquistas de temporadas anteriores, além da insistência em colocar a Inglaterra mais relevante do que seus devidos protagonistas. A aceitação e questionamento das falhas dependerá do olhar presente na mente do expectador, pois assim como existem momentos atrativos, também existem aqueles que ofuscam algumas qualidades, mas que podem ser mesclados para auxiliar na aquiescência do resultado.
A confusão de idiomas usada para (tentar) realçar evidentes diferenças pátrias é muito rebuscada, mesmo que seja compreensível a ideia dos produtores, honestamente não funcionou como pensado, já que o inglês vai e volta para diálogos habituais naturalmente.
VIKINGS SEASON 3 tem bons momentos, incluindo batalhas (quase) épicas e um final que entrega a essência do que há na quarta temporada, mas continua oscilando em seu conteúdo geral como produto de entretenimento (... e nem vou falar do pavoroso Trevis Fimmel como ator).