Milton Gonçalves foi um ator brasileiro. Nascido em Minas Gerais, começou sua carreira em São Paulo, construindo uma trajetória de mais de 60 anos dedicados à TV, ao teatro e ao cinema. Formado no Teatro da Arena, Milton escreveu quatro peças, uma delas montada pelo Teatro Experimental do Negro. Militante do movimento negro, ele se tornou uma referência artística e política no Brasil.
Entre seus trabalhos mais memoráveis na TV, estão O Bem-Amado (1973), Pecado Capital (1975), Sinhá Moça (1986), e também o remake de 2006. Por esse segundo trabalho, recebeu uma indicação como melhor ator no Emmy Internacional. Sua última novela foi O Tempo Não Para (2018). No cinema, ele participou de clássicos nacionais como Macunaíma (1969), Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Eles Não Usam Black-Tie (1981), O Beijo da Mulher-Aranha (1985), O Que É Isso, Companheiro? (1997) e Carandiru (2003). Seu último papel foi no filme Pixinguinha, Um Homem Carinhoso (2021).
Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política, nos anos 90, ao candidatar-se a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994. Ele também foi homenageado no carnaval de 2021 pela Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo "Axé, Milton Gonçalves! No Catupé da Santa Cruz". Milton morreu no dia 30 de maio de 2022, devido a problemas de saúde decorrentes de um AVC que sofreu em 2020. Foi casado com Oda Gonçalves de 1966 até o fim de sua vida, com quem teve três filhos, incluindo o também ator Maurício Gonçalves.