Sidney Poitier nasceu em Cat Island, nas Bahamas, filho de fazendeiros. Teve pouca educação formal e aos 15 anos foi enviado para Miami para morar com seu irmão. Aos 18 anos, foi para Nova York e viveu na pele o abismo racial que divide o EUA. Realizou trabalhos braçais e passou por muitas dificuldades na cidade, como dormir no banheiro de um terminal de ônibus. Teve uma breve passagem pelo Exército, mas foi através de uma vontade crescente em participar de audições no American Negro Theatre, Sidney Poitier começou a se aperfeiçoar e se dedicar até ser aceito.
Descoberto por um agente de elenco, ele ganhou um pequeno papel na produção da Broadway de "Lysistrata", pela qual recebeu boas críticas. No final de 1949, teve de escolher entre papéis principais no palco e uma oferta para trabalhar no filme O Ódio é Cego (1950). Sua atuação como médico tratando de um racista chamou a atenção de todos e o levou a mais convites. No entanto, os papéis ainda eram menos significativos do que aqueles que atores brancos normalmente recebiam. Mas sete anos depois, após recusar vários projetos que considerava injustos, Poitier conseguiu uma série de papéis que o catapultaram para uma categoria raramente ou nunca alcançada por um ator negro da época: a de protagonista. Um desses filmes, Acorrentados (1958), rendeu a Poitier sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator. Cinco anos depois, ele ganhou o Oscar por Uma Voz nas Sombras (1963), se tornando o primeiro norte-americano negro a ganhar o prêmio como melhor ator principal.
Ele permaneceu ativo no palco e na tela, e atuante no movimento dos Direitos Civis em seu país. Seus papéis em Adivinhe Quem vem para Jantar (1967) e Ao Mestre, com Carinho (1967) foram marcos em sua carreira. O ator possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 7065 Hollywood Boulevard.