Carlos Lombardi construiu, em sua carreira que logo completará 40 anos, um estilo próprio. Novelas com ritmo frenético, muitos acontecimentos, poucos personagens fixos e diversas participações eventuais. Personagens sem papas na língua, dados a trocadilhos e insultos por vezes gratuitos. Humor ácido e/ou negro e vida sexual movimentada. Novelas como Vereda Tropical (1984/85), Bebê a Bordo (1988/89) e Quatro por Quatro (1994/95) têm esses elementos muito marcados. Uga Uga (2000/01) e Kubanacan (2003/04) se juntam a elas entre algumas das mais lembradas novelas das 19h da Globo.No entanto, em parte por questões de liberdade de criação, Lombardi trocou a casa pela Record TV no começo da década. Fez apenas uma novela na emissora, Pecado Mortal (2013/14). Por sinal, uma das melhores dos últimos tempos.Inexplicavelmente, a Record TV não o aproveitou como poderia e como ele merecia. O vínculo já não está mais em vigor.No entanto, Lombardi segue sem contrato com nenhuma emissora. Com efeito, já passa da hora de sua volta à Globo, ou do aproveitamento por um canal pago, por exemplo. Todavia, fica o questionamento: dados os problemas com a reprise de Bebê a Bordo, teria Lombardi recepção positiva com uma história nova? Considerando-se que não fizesse maiores concessões ao conservadorismo que assola o País.
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