José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, foi um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico brasileiro. Jô se tornou um ícone da TV brasileira ao apresentar o Jô Soares Onze e Meia no SBT e o Programa do Jô, na Globo.
Nascido no Rio de Janeiro, Jô é filho de um empresário e sonhava em ser diplomata, mas ainda na escola, conquistou o apelido de poeta por sua sensibilidade artística inata. Aos 12 anos, Jô se mudou para a Suíça para estudar e passou a se interessar pelos palcos, só voltando para o Brasil aos 17 anos.
Sua estreia na televisão ocorreu em 1958, no programa Noite de Gala, na TV Rio. Logo depois, Jô fez participações no Grande Teatro Tupi, na TV Tupi. Em 1960, começou a trabalhar na TV Record. Um de seus maiores sucessos foi A Família Trapo. Ele permaneceu no seriado até 1970, quando assinou com a TV Globo.
E foi em 1981 que ele se dedicou ao projeto Viva O Gordo, um de seus maiores sucessos. Em 1987, o contrato com a TV Globo teve fim e ele seguiu para o SBT. Lá, Jô apresentou o talk-show Jô Soares Onze e Meia por 11 anos. O retorno à Globo ocorreu em 2000, quando ele estreou o também talk-show Programa do Jô. O programa foi exibido até 16 de dezembro de 2016, quando Jô se afastou da televisão.
No cinema, ele participou de 22 filmes. Além disso, dirigiu O Pai do Povo (1976). Já no teatro, Jô Soares atuou em espetáculos como Auto da compadecida (1959) e Oscar (1961). Como diretor, comandou Soraia, Posto 2 (1960), Os Sete Gatinhos (1961), Romeu e Julieta (1969), Frankenstein (2002), Ricardo III (2006).
Jô escreveu cinco livros, sendo quatro deles romances: O astronauta sem regime (1983); O Xangô de Baker Street (1995); O homem que matou Getúlio Vargas (1998); Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As esganadas (2011).
Jô Soares faleceu em São Paulo, em agosto de 2022. Ele tinha 84 anos.