- Filho de Paulo Cardoso Furtado e Maria Panizza, era o primogênito de uma família de cinco irmãos;
- Depois de passar a infância e a adolescência na cidade natal, foi estudar odontologia por dois anos, em Ribeirão Preto (SP). Interrompeu o curso para seguir a carreira artística;
- Começou no rádio, como contra-regra, em 1952. Logo passou a atuar em programas, cantando e contando piadas. Desde então nunca mais abandonou o humor. Estreou no teatro em 1958, na peça “A Ditadora”. Ao todo participou de 19 espetáculos, dos quais apenas um, “Esperando Godot”, não foi comédia;
- Na TV Rogério atuava desde 1963. Participou de programas como “Times Square” e “Moacyr Franco Show”, na extinta Excelsior, e “Praça da Alegria”, na Record;
- Contratado da TV Globo desde 1981, integrou os principais programas de humor da emissora, como “Balança Mas Não Cai” e “Chico Anysio Show”. Mas foi interpretando o Rolando Lero, na “Escolinha do Professor Raimundo”, que ganhou enorme popularidade. E lançou bordões como “Amado mestre!” e “Captou a mensagem?”;
- O comediante fez poucos trabalhos em teledramaturgia. Sua primeira novela foi “A Mãe” (Excelsior, 1964). Na Globo participou ainda de “A Gata Comeu” (1985), da mini-série “Hilda Furacão” (1997) e do especial “O Auto da Compadecida”. A consagração, porém, veio com o Seu Salgadinho, o divertido dono de bar que encarnava na novela “Explode Coração” (1995);
- Seu último personagem foi o Seu Floriano, da série “A Grande Família”, um sucesso nas noites de quinta-feira na Globo. Rogério também vivia o Epitáfio, do “Zorra Total”;
- Rogério Cardoso também adorava música. Fez versões de várias canções, como “Pequeno Mundo” e “Tempo de Sonhar”. Nos anos 60 gravou um disco com a comediante Célia Coutinho;
- Formado em Direito, Rogério foi vereador no Rio, de 1999 a 2000. Uma de suas leis foi a que obriga os hospitais municipais a fazer o teste da orelhinha (que detecta a surdez) nos recém-nascidos;
- Ele se casou três vezes, a última com Isabel Vieira. Deixa três filhos e seis netos;
- Faleceu no Rio, vítima de um infarto fulminante. Morreu em casa, em Copacabana, na zona sul do Rio. O velório foi realizado no Câmara de Vereadores, mas o enterro foi realizado no Cemitério Municipal de Mococa, sua cidade-natal;
- Na noite de seu falecimento recebeu homenagem no programa o qual participava, “A Grande Família”. Foi lido um texto por seus colegas de programa e, em seguida, reprisado o episódio “Os Safados”, em que a história é centrada em Seu Floriano.