Dançar sempre fez parte da vida de Jamie Bell. Afinal de contas, tinha quatro dançarinas na família: a mãe, a avó, a tia e a irmã. Foi ao acompanhar os ensaios da irmã que passou a imitar os movimentos, iniciando os estudos de dança logo aos seis anos de idade. Uma história de certa forma parecida com a do filme que marcou sua estreia no cinema: Billy Elliott (2000).
Aos 13 anos, Bell derrotou mais de 2 mil candidatos e ficou com o papel do jovem que passa a ensaiar dança escondido, temendo as brincadeiras e o preconceito das pessoas à sua volta. Billy Elliott foi um tremendo sucesso, sendo indicado a três Oscar e rendendo a ele o BAFTA de melhor ator. Um início promissor para um jovem elogiado pela crítica graças ao talento demonstrado logo em seu primeiro filme.
Desde então Jamie Bell tem variado bastante seus trabalhos, mesclando filmes rodados por diretores consagrados e em ascensão. Com Peter Jackson rodou King Kong (2005) e, com Clint Eastwood, A Conquista da Honra (2006). Edward Zwick o teve sob seu comando em Um Ato de Liberdade (2008), enquanto que Thomas Vinterberg o escalou para Querida Wendy (2005) e Doug Liman para Jumper (2008). Em todos estes filmes teve papéis importantes, apesar de não repetir o posto de protagonista.
Como estrela principal teve mais chances justamente em filmes dirigidos por nomes pouco conhecidos, como Contra Corrente (2004), Más Companhias (2005) e Hallam Foe (2007). Do trio apenas o primeiro foi lançado nos cinemas brasileiros.
O ator estreou no mundo da animação com As Aventuras de Tintim (2011), dirigido por Steven Spielberg, no qual foi usado o método de captura de movimento. Ou seja, seu trabalho não foi apenas o de dublar o personagem, já que teve sensores colocados no corpo de forma que sua atuação pudesse ser "transportada" para o personagem principal, Tintim.