Nascida no dia primeiro de julho de 1916, em Tóquio, no Japão, Olivia Mary de Havilland, mais conhecida pelo nome artístico de Olivia de Havilland, é uma atriz britânico-americana, considerada uma das maiores estrelas da época que ficou conhecida como a "Era de Ouro" de Hollywood. Famosa por suas célebres parcerias com Errol Flynn durante a década de 30, a atriz - filha de Lilian Fontaine e irmã de Joan Fontaine - atingiu um dos ápices de sua carreira com a sua performance no épico "...E O Vento Levou": interpretando Melanie Hamilton Wilkes, de Havilland recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e viu seu nome ser inscrito definitivamente na história do cinema mundial.
Após realizar aquele que é tido como um dos seus melhores trabalhos nas telonas, de Havilland viu sua carreira deslanchar. No entanto, algo incomodou a atriz: por causa de seu icônico papel, ela passou a ser vista apenas como um símbolo de doçura. Isso fez com que a maioria dos papéis que foram oferecidos a ela combinassem com essa imagem que o público e os estúdios tinham dela. Buscando se distanciar desta personalidade que lhe foi imposta, de Havilland procurou realizar trabalhos mais desafiadores. Foi assim que ela recebeu suas duas estatuetas do Oscar de Melhor Atriz, concedidas pelas suas interpretações nos filmes "Só Resta uma Lágrima", de 1946 e "Tarde Demais", de 1949. Ainda, de Havilland foi indicada mais duas vezes ao prêmio durante a década de 40: por seu trabalho em "A Porta de Ouro", de 1941 e "A Cova da Serpente", de 1948.
Onze anos após ganhar seu segundo Oscar, de Havilland recebeu mais uma nova honraria: uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, localizada em 6764 Hollywood Boulevard. A atriz, hoje radicada na França, também foi uma grande ativista dos direitos trabalhistas de sua classe. Sua grande vitória neste âmbito veio após uma longa batalha judicial contra a Warner Brothers: depois do longo processo nos tribunais, de Havilland conseguiu a aprovação de uma lei - que leva o seu nome - que protege os direitos dos atores e das atrizes ao impedir que os estúdios incluam cláusulas abusivas e de suspensão de contrato nos acordos firmados com a classe dos atores e das atrizes; essa vitória também concedeu uma maior liberdade para que estes escolhessem os projetos nos quais desejam trabalhar.
Além disso, de Havilland foi a primeira mulher a presidir o júri do Festival de Cannes, na edição de 1965, e é dona de um recorde curioso: o maior número de pessoas citadas em um discurso de agradecimento do Oscar - após ganhar sua primeira estatueta, ela citou um total de 27 pessoas.
Olivia de Havilland é uma das 500 lendas do cinema em ranking eleito pelo American Film Institute e é uma das últimas atrizes vivas que trabalharam durante a era de ouro de Hollywood.