Nascida em 23 de abril de 1928, em Santa Monica, Califórnia, Shirley Temple foi a principal atriz mirim de Hollywood e a maior estrela infantil de todos os tempos.
Começou a dançar logo aos três anos, incentivada pela mãe. Talentosa, chamou a atenção de dois produtores de cinema e estreou diante das câmeras. Antes mesmo de completar quatro anos protagonizou uma série de curtas e em 1933 foi contratada pela Fox Film Corporation. O primeiro longa foi Alegria de Viver (1934), que apostava no lúdico para aliviar o peso da Grande Depressão. Encantadora, Shirley encantou imediatamente o público e não teve mais descanso. Cantava, dançava, sapateava e sorria como um anjo. Apenas na década de 1930 estrelou mais 22 filmes, todos de temática familiar, apostando sempre na comédia e na música. Grande estrela do cinema mundial entre 1935 e 1938, foi campeã de bilheteria interpretando principalmente meninas órfãs ou abandonadas e recebeu uma homenagem de Franklin Roosevelt por ajudar a população estadunidense a esquecer por algumas horas a crise enfrentada pelo país.
Continuou trabalhando nos anos 1940, porém em ritmo cada vez mais lento. Em 1949, aos 21 anos, fez seu último filme: A Kiss for Corliss, sequência de Ninguém Vive Sem Amor (1945). Entre 1958 e 1961 continuou ativa com a série Shirley Temple’s Storybook, em que narrava contos infantis. Apareceu pela última vez num episódio do programa de esquetes The Red Skelton Show (1963), quando viveu uma debutante, e a partir de então dedicou-se à família.
Shirley recebeu um Oscar especial em 1935. Conhecido como "Juvenile Oscar", em sua primeira edição foi oferecido à atriz em reconhecimento à sua grande contribuição ao cinema no ano de 1934. Ela também ganhou uma estrela na Calçada da Fama em 1960 e sua icônica imagem (cabelo cacheado, sorriso largo, vestido rodado) está presente na capa do clássico álbum dos Beatles Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, de 1967.
Shirley Temple faleceu em 10 de fevereiro de 2014, aos 85 anos, de causas naturais.