Agnès Varda foi uma cineasta e fotógrafa belga, radicada na França. Foi membro do júri no Festival de Veneza em 1983, e no Festival de Cannes em 2005. Somando mais de 60 anos de carreira, em novembro de 2017 Varda tornou-se a primeira diretora mulher a receber um Oscar pelo conjunto da obra. A cineasta também já foi homenageada pela 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Varda nasceu Arlette Varda, em 1928, em Ixelles, uma das 19 comunas bilingues que compõem a região de Bruxelas. Quando tinha 18 anos, ela mudou seu nome legalmente para Agnès. Sua mãe era originalmente de Sète, na França e seu pai era de uma família grega refugiada. Varda estudou no Lycée et collège Victor-Duruy e na Universidade de Paris recebeu o bacharelado em Literatura e Psicologia.
Seus filmes focavam no realismo documental, ou formas não-ficcionais de mídia, focando no feminismo e/ou em produzir críticas sociais em um estilo experimental. Foi uma voz importante, porém frequentemente esquecida, do cinema moderno francês. Sua carreira precede o início da Nouvelle vague e apresenta elementos como o radicalismo narrativo e visual que, posteriormente, tornariam o movimento relevante. Foi também professora na European Graduate School e se tornou doutora Honoris Causa pela Universidade Lusófona do Porto, em 2016.
Alguns de suas obras mais relevantes são La Pointe Courte (1954), Cléo das 5 às 7 (1962), As Duas Faces da Felicidade (1965), Uma Canta, a Outra Não (1977) e Os Renegados (1985).
Agnès Varda morreu em 28 de março de 2019, aos 90 anos, devido a um câncer.