Realizador de um dos auges do cinema francês, junto com François Truffaut, Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e Claude Chabrol, Jacques Rivette participou da criação da vanguarda francesa Nouvelle Vague, depois de trabalhar como crítico na famosa revista Cahiers du Cinéma . Após ser assistente de Jean Renoir e Jacques Becker nos anos 50, Rivette começou a desenvolver seu primeiro filme em 1958, Paris nos Pertence, que estreou em 1961. Antes, por motivos de falta de financiamento, o até então, novato cineasta, se aventurava em pequenos curtas-metragens pelas ruas de Paris, dois deles com o amigo Jean-Luc Godard.
Após críticas positivas sobre seus filmes, Rivette adaptou o romance de Diderot, A Religiosa (1963), considerado, posteriormente, um filme comercial. Mas sua era de ouro foi durante os anos de 1968 a 1974, em que seu talento foi exarcebado por L'amour fou (1969), o legendário Não me Toque (1971) e Céline e Julia vão de Barco (1974). Nesses três longas, Rivette começou a construir o que foi nomeado depois de sua "casa de ficções" (House of Fiction), um estilo enigmático de filmagens influenciado pelos trabalhos de Louis Feuillade, técnicas de improvisação e narrativas experimentais.
Em 1989, recebeu o prêmio da crítica do Festival de Berlim por O Bando das Quatro. Dois anos depois, conquistou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes com A Bela Intrigante.