Paulistano de Jundiaí, Beto Brant estudou cinema na faculdade FAAP (SP), antes de começar uma carreira premiada com videoclipes e curtas-metragens. O final dos anos 1980 e o início da década de 1990 foram marcados pelos trabalhos em vídeos dos Titãs e pelos curtas-metragens Aurora (1987), Dov’e Meneghetti (1989) e Jó (1993).
Seu primeiro longa-metragem foi Os Matadores (1997), filmado na fronteira entre o Paraguai e o Brasil. Com um elenco de peso (Murilo Benício, Stênio Garcia, Chico Diaz), o filme rendeu excelentes críticas e um prêmio de melhor diretor no festival de Gramado. O diretor prosseguiu com outro thriller policial, Ação Entre Amigos (1998), mais uma produção aclamada.
Nesta época, ele acerta a parceria com dois de seus mais fiéis colaboradores: o escritor e roteirista Marçal Aquino, e o co-diretor Renato Ciasca, com quem ele funda a produtora Drama Filmes. Em seguida, Beto Brant realizou O Invasor (2001), filme que o lançou ao reconhecimento nacional. Também inspirado nos códigos dos filmes policiais, este foi seu maior sucesso de bilheteria, superando os 100 mil espectadores, e vencendo os festivais de Brasília e Recife.
O diretor decide então seguir por novos rumos, com filmes menos populares, em vertentes mais experimentais e dramáticas. Fiel às adaptações de materiais literários e audiovisuais, ele dirige Crime Delicado (2005), inspirado na história de Sérgio Sant’Anna, Cão Sem Dono (2007), adaptado do livro de Daniel Galera, e O Amor Segundo B. Schianberg (2010), versão cinematográfica de uma série de televisão produzida pela própria Drama Filmes.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2012), adaptação do romance homônimo de Marçal Aquino, retoma as produções de maior orçamento, encabeçada desta vez por uma atriz reconhecida no país (Camila Pitanga). A intenção é a de não se limitar aos espectadores dos festivais, resgatando um público maior.