Júlio Bressane é um cineasta brasileiro, mais conhecido por ser um dos grandes nomes do cinema marginal, movimento de origem contracultural do fim dos anos 1960 e início dos anos 1970. Bressane é reconhecido por sua capacidade de rodar longa-metragens com orçamentos baixos.
O cineasta começou sua carreira como assistente de direção de Walter Lima Júnior, em 1965. Ganhou reconhecimento depois de produzir um documentário sobre Maria Bethânia, Bethânia Bem de Perto, que estreou no mesmo ano, catapultando a cantora para o estrelato nacional.
No entanto, seu primeiro longa de ficção foi Cara a Cara, de 1967, e em 1970, ao lado do cineasta Rogério Sganzerla fundou a produtora Belair Filmes. Juntos, os diretores optaram por realizar longa-metragens de baixo custo e, por consequência, foram capazes de produzir uma série de filmes em apenas seis meses.
Ainda no início da década de 1970, Bressane viveu exilado em Londres durante três anos. Quando retornou, o cineasta produziu uma sequência de filmes satíricos e de chanchada, entre os seus principais filmes da década estão: Barão Olavo, o Horrível, Cuidado Madame, Memórias de um Estrangulador de Loiras e O Gigante da América.
Nos últimos 20 anos, Júlio Bressane dirigiu obras aclamadas pela crítica especializada. Entre eles está o longa Cleópatra, apresentado no Festival de Veneza e premiado como melhor filme no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2007. Além disso, na década de 2010 foi responsável pelos bem recebidos Educação Sentimental, Garoto, Beduíno e Sedução da Carne.