- Filho de Antonio Lago e Francisca Maria Vicência Prócia Lago, a quem todos chamavam de Chiquinha. As famílias de ambos eram ligadas à música;
- Filho único, estudou piano até o 6º ano. Mas achava tempo de brincar na rua, jogar bola de gude e outros jogos infantis. A casa era sempre cheia de gente. E, é claro, Mario logo foi se entrosando com a arte. Os pais eram conservadores, mas não eram rígidos. Mario estudou em colégio de padre e, ainda garoto, começou a escrever versinhos, os quais não guardou;
- Já moço ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde se forma em 1933;
- Nesse mesmo ano começa a escrever revistas para o teatro e a compor, em parceria com Custódio Mesquita. Alcança seu primeiro sucesso em 1937, com "Nada Além";
- Outras músicas de sucesso surgiram, como "Dá-me tuas mãos", "Enquanto houver saudade", "Fracasso" e "Será";
- Em 1942 tornou-se ator de teatro. Foi na Companhia Joracy Camargo, autor de "Deus lhe Pague". Depois trabalhou com Delorges, grande ator da época. Foi quando conheceu Oduvaldo Viana, que o levou para São Paulo, onde foi lançado no rádio-teatro no Brasil. Foi na inauguração da Rádio Panamericana. Ao seu lado estava, entre outros, Dias Gomes, que já despontava como importante redator e autor de teatro. Ambos tiveram logo problemas com a censura e foram perseguidos, pois eram "comunistas";
- Mario tinha composto "Amélia", que com a primeira gravação de Ataulfo Alves lançou o nome do compositor ao verdadeiro estrelato;
- Logo voltou para o Rio de Janeiro, para a Rádio Nacional, líder de audiência da época e ali fez de tudo: escrevia, dirigia e atuava;
- Era membro do Partido Comunista, onde conheceu aquele a quem muito admirou: Luiz Carlos Prestes. A primeira cadeia foi em 1932 e sempre aproveitava esses momentos para escrever livros. Escreveu "O Povo Escreve a História nas Paredes", "Primeiro de Abril" e outros;
- Em 1945 vai para a Nacional e em 1948 para a Mayrink Veiga;
- Estréia como ator teatral em 1942;
- Trabalha com muita intensidade também na televisão, estreando no programa "Câmera Um", de Jacy Campos, na TV Tupi;
- Em 1968 foi para a TV Globo, chamado por Henrique Martins. Conseguiu transpor as oposições, que não o queriam por ser comunista. Quem não o queria era Glória Magadan, escritora cubana que distribuía a novela. Ali participou de grandes novelas, ganhando várias vezes prêmio de "melhor ator". Isso aconteceu em "O Casarão", em "Minha Professora" e, em "Dancing Days";
- Casa-se em 1947 com Zeli Cordeiro Lago, com quem tem cinco filhos;
- Em 1997 lança o livro "Causos e Canções de Mário Lago".