Faltando apenas um episódio para a conclusão da 1ª temporada de House of the Dragon, estamos presenciando, enquanto público, o início da tão esperada guerra civil entre os Targaryen, mais conhecida pelos fãs do universo criado por George R. R. Martin como A Dança dos Dragões. Renovada para uma nova temporada, um dos pontos cruciais para os próximos anos da trama foi narrado de forma emocionante no episódio 8, em uma espécie de “último adeus” do Rei Viserys (Paddy Considine).
Quase oposta a Game of Thrones, House of the Dragon utiliza de diversos saltos temporais, sempre movendo peças de xadrez no tabuleiro em que é desenvolvido os conflitos principais de sua história. Por conta disso, é fácil ficar perdido em quem é quem em meio as duas facções familiares e, para entender a base do conflito, temos de decifrar a mensagem por trás das últimas palavras de Viserys.
No capítulo em questão, seis anos se passaram desde a última vez que o Rei viu a filha Rhaenyra (Emma D'Arcy) e o irmão Daemon (Matt Smith), agora casados. Encontramos o Viserys sendo consumido pela doença e com o rosto desfigurado, enquanto Vaemond Velaryon (Wil Johnson) chega em Porto Real para reivindicar o trono de Driftmark. Em meio a uma discussão acalorada, Daemon mata Vaemond após ele chamar Rhaenyra de prostituta e acusar seus filhos, Luke e Jace, de bastardos.
House of the Dragon: Rhaenyra morre no final? Veja o que acontece com ela no livro originalVISERYS E A PROFECIA DE AEGON
Ao assistir o episódio, é possível confundir a quem Viserys se referia em suas últimas palavras no leito de morte já que existem vários personagens chamados Aegon na história de Westeros. Também é fácil ficar em dúvida para quem ele estaria dizendo a profecia. A chave para o último momento do Rei acontece um pouco antes, quando Rhaenyra conversa sobre suas incertezas com o pai moribundo.
Devido ao seu estado, Viserys confunde Rhaenyra com Alicent (Olivia Cooke). A filha imediatamente o corrige e pergunta sobre a profecia de Aegon, o Conquistador, algo que o Rei confessou à filha anos antes. Rhaenyra desabafa sobre como o pai havia lhe dito que era o dever dela manter o reino unido contra um inimigo comum e, ao nomeá-la herdeira, acabou dividindo o reino. É por conta desse diálogo que Viserys defende Rhaenyra na sala do trono.
Viserys confirmou na frente de todos o desejo de manter Rhaenyra como sucessora do trono, no entanto, a situação muda quando Alicent vai cuidar do Rei de noite. Ao confundir Rhaenyra com Alicent, Viserys dá continuidade a conversa que tinha anteriormente com a filha e menciona a profecia de Aegon para enfatizar o lugar de Rhaenyra, porém Alicent acredita que o rei está se referindo ao seu filho, Aegon II (Tom Glynn-Carney).
O ESTOPIM PARA A DANÇA DOS DRAGÕES
Com o fim do episódio, a série parece seguir pelo caminho de que o mal-entendido de Viserys e a profecia de Aegon são a grande motivação para Alicent Hightower defender a coroação de seu filho. Afinal, como foram as últimas palavras do Rei antes da morte, ela acredita que sua vontade final era ver Aegon II no trono e não Rhaenyra. Isso irá conflitar com as casas que juraram apoiaram a decisão inicial de Rhaenyra ao trono, bem como a própria família Targaryen, que já se encontrava dividida.
A menção da profecia foi uma surpresa para alguns fãs porque, no livro Fogo & Sangue, existem referências mais vagas aos acontecimentos de As Crônicas de Gelo e Fogo e o spin-off decidiu usar a lenda combinada a morte do rei como o estopim para a guerra civil. No episódio que segue a morte do rei, Alicent impede que os criados e corte espalhem a notícia da morte do rei, dando início ao processo de coroação de Aegon.
O episódio seguinte termina de forma triunfal com Rhaenys, tia de Rhaenyra, destruindo o local da coroação e montando Meleys. Neste momento, é possível perceber o receio da facção verde, liderada por Alicent e Otto Hightower, já que os dragões da família serão armas cruciais neste conflito e que agora é apenas uma questão de tempo para que a notícia enfureça Rhaenyra e Daemon Targaryen.