Muito antes de Diana, Elisabeth von Wittelsbach, ou Sissi como era conhecida, foi a primeira “celebridade” da monarquia de um país europeu. A Imperatriz da Áustria entre os anos 1854 até 1898, ano de sua morte, foi casada com o Imperador Francisco I e agora tem uma série para chamar de sua, na Netflix.
A produção alemã A Imperatriz, inspirada na história real, foca no romance de Sissi (Devrim Lingnau) com o Imperador Francisco I (Philip Froissant) e nos desafios que a Imperatriz precisou enfrentar ao entrar para a corte de Viena. Mas muitos fãs da série agora se perguntam quem era Sissi na vida real, para tirar suas próprias conclusões sobre o quanto a série consegue ser fiel à realidade.
Afinal, quem foi a Imperatriz Sissi?
Filha do Duque Maximiliano José da Baviera e de sua esposa Ludovica, a princesa era vista como uma das mais bonitas da Europa, o que justifica a paixão arrebatadora que o Imperador Francisco I sentiu ao vê-la pela primeira vez. Assim como a série retrata, ele deixou de se casar com a irmã de Sissi, Helene (Elisa Schlott), para pedir a mão da jovem Elisabeth por amor, para o desagrado de muitos.
Crescida com a liberdade do campo, era considerada uma mulher de personalidade forte e até mesmo rebelde. Tal característica prejudicou e muito a relação dela com a nova sogra, a monarca Sophia (Melika Foroutan). Extremamente controladora, a Arquiduquesa tinha punho de ferro com os assuntos do palácio, o que refletia diretamente na personalidade dos filhos, tramas bem desenvolvidas ao longo da série.
Mas foi justamente a personalidade espontânea e livre de Sissi, que a levou a uma extrema popularidade, principalmente entre os plebeus. A Imperatriz era adorada por seu povo, mesmo que nem sempre fosse respeitava dentro de sua própria corte, o que aumentou ainda mais a pressão sob suas responsabilidades políticas.
Como a Imperatriz Sissi morreu?
Apesar de ser uma figura amada e de possuir uma sensibilidade incomum para seu meio (Sissi escrevia poesias e se preocupava com causas humanitárias), além de ser uma pessoa intelectualmente interessante, a Imperatriz ao que tudo indica, era uma pessoa depressiva e infeliz.
O casamento com Francisco I gerou quatro filhos: Sofia Frederica (que morreu ainda criança), Gisela, Rudolfo e Maria Valéria. Rudolfo, o único filho homem e herdeiro natural do trono, foi encontrado morto ao lado de sua amante, em 1889. Algo que abalou Sissi profundamente, que se entregou ainda mais à depressão.
Ao longo de sua vida, a monarca era conhecida por sua obsessão com o peso e uma vaidade que extrapolava o que já era esperado de uma Imperatriz. Ela chegou a ser diagnosticada com desnutrição e problemas pulmonares, tamanha a privação alimentar que Sissi se submetia, em nome de um ideal de beleza.
A Imperatriz foi assassinada em Genebra aos 60 anos de idade, em 1898, por um anarquista italiano chamado Luigi Lucheni. Seu corpo está sepultado em Viena. Agora resta saber se a obra da Netflix será renovada e continuará contando a história dessa figura tão especial.