Andor estreia em 21 de setembro no Disney+, com os três primeiros episódios, nova série da franquia Star Wars. Ela acompanha a história de Cassian Andor antes dos eventos de Rogue One: Uma História Star Wars (2016), com o retorno de Diego Luna ao papel do protagonista que ele interpretou no filme. O AdoroCinema assistiu aos quatro primeiros episódios de Andor e conta as primeiras impressões da série.
Qual é a história da série Andor?
Ambientada antes dos acontecimentos de Rogue One: Uma História Star Wars, a série Andor explora uma nova perspectiva da galáxia de Star Wars, focando na jornada de Cassian Andor (Diego Luna) para descobrir a diferença que ele pode fazer em seu universo. A série apresenta a história da crescente rebelião contra o Império e como as pessoas e planetas se envolveram. Esta é uma era repleta de perigos, enganos e intrigas, em que Cassian embarcará no caminho destinado a transformá-lo em um herói rebelde.
Conhecemos o personagem Cassian Andor em Rogue One, situado entre os eventos de A Vingança dos Sith (Episódio III) e Uma Nova Esperança (Episódio IV). No derivado de Star Wars, ele estava na luta contra o Império fazendo parte da Aliança Rebelde, com a missão de roubar os planos da Estrela da Morte. O mais interessante da série Andor é mostrar os eventos que transformaram o protagonista nesse mártir de Rogue One, assim como a crescente rebelião contra o Império e a formação da Aliança Rebelde.
Andor se destaca por explorar o lado mais revolucionário de Star Wars
Os primeiros episódios de Andor focam justamente nisso, colocando os temas políticos que sempre foram parte essencial da franquia Star Wars em primeiro plano. Em flashbacks da infância de Cassian Andor e na sua idade adulta, acompanhamos sua terra natal sofrendo progressivamente o controle abusivo do Império. Desta forma, o showrunner Tony Gilroy cria uma narrativa que fala sobre opressão e colonização nos quatro primeiros episódios, mas visando a chama da revolução que aos poucos começa a aparecer.
Falando em revolução, ela parte mostrando a mudança e radicalização de Cassian Andor. Inicialmente, ele é um ladrão que, mesmo com raiva da dominação e destruição causada pelo Império em sua terra natal, não acredita em uma luta revolucionária. Sem entrar em detalhes, isso começa a mudar aos poucos nos primeiros episódios, especialmente quando ele entra em contato com Luthen Rael (Stellan Skarsgård).
Inegavelmente, Andor tem um inicio bastante lento nos dois primeiros episódios, onde foca na exploração do Império e suas sanções opressoras, mas ganha força no terceiro e quarto episódio quando o caminho da revolução para o protagonista começa a ser traçado ao encontro de Mon Mothma (Genevieve O'Reilly). O mais interessante de Andor é que mesmo se tratando de uma produção Star Wars, não resolve focar em megalomanias espaciais, mas em uma trama política complexa baseada na relação dos personagens com suas motivações, especialmente entendendo quais são seus papéis dentro de uma sociedade.
Andor provavelmente vai irritar os fãs mais reacionários por "colocar política em Star Wars", sendo que a franquia sempre se tratou dessas temáticas. E justamente por isso, a série mostra um papel enorme em discussões sobre revolução e radicalização colocando no centro o personagem Cassian Andor até encontrarmos a Aliança Rebelde formada em Rogue One. Nesse caminho, Andor mostra que tem potencial para contar uma das histórias mais interessantes e enervantes da saga. Resta torcer para isso!
Andor estreia em 21 de setembro no Disney+.